OBRIGADA PELA VISITA!!!!!!

Sei que vc não sabia q eu tinha este blog, resolvi fazer isso para escrever um pouco sobre minhas impressões e experiências. Enquanto estou dando aulas conto muitas histórias... talvez seja para fazer o tempo não fluir tão rápido e assim abraçar o que de melhor aconteceu, reviver, lembrar e sentir novamente a emoção daquele momento.



A arte de contar histórias deve estar no sangue que recebi de minha mãe e de meu pai, ambos me ensinaram a contar histórias e aqui estou eu, escrevendo-as.



Já tenho dois filhos, já plantei várias árvores e agora cumpro com a terceira premissa para me sagrar humana: escrever um livro.



Vou ficar muito feliz se vc deixar uma frase q exprima o que temos em comum, o que nosso encontro o despertou ou ainda sua impressão sobre o que já leu aqui. Seu coração deve falar mais alto...vou aguardar ansiosa.











quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

VIAGEM À EUROPA - Parte II

VIAGEM A EUROPA – Parte II




Estávamos animadas para um dia de navegação e a chegada em Atenas, mas a rota foi alterada pois havia tumulto por lá, tendo em vista a crise econômico-financeira da Grécia e os movimentos dos estudantes.  Por isso, fomos direto a Éfesus, na volta passaríamos em Atenas. Tudo avisado, nos preparamos pois em minhas pesquisas descobri q iríamos andar muuuuuiiiito. Usando roupa leve, sandália no pé, com dindin pra pagar uma van, descemos na Turquia. O Porto de Kusadasi é muito bonito, construção moderna, todo envidraçado, fica na cidade do mesmo nome, também com ares modernos. Mais tarde descobrimos que ali era fundo do mar quando Éfesus foi construída, portanto, se levamos 1h de viagem até Éfesus, imagine como a alteração da geografia foi grande. Ao descermos no Porto de Kusadasi uma agência de viagem nos ofereceu uma van com guia, falando em inglês. O rapaz era um lindo turco, moreno, com nariz afilado, de uns 24 ou 25 anos, encantou-nos nem piscávamos olhando pra ele. O guia falava um inglês fluente carregado do sotaque turco, fácil de entender, mas depois de 1h de explicação já estava me causando enjôo  ter q ouvi-lo e não tirar fotos do q eu estava avistando,...decidi q as fotos eram mais importantes. A paisagem era de uma costa serrana, com construções de 4 andares como conjuntos habitacionais muito românticos, com floreiras nas janelas, pequenas varandinhas para arejar o ambiente e de um colorido discreto bege, marron e vermelho. As avenidas largas, arborizadas, sinuosas acompanhando as encostas. à medida q fomos subindo avistávamos nosso Navigator aportado,  o brilho do sol batendo no Mar Egeu, a vista é muito bonita.

Um pouco de História:

Éfesos, ou Selçuk, ou Éphesus, é uma cidade em ruína, localizada próxima a Kusadasi, na região onde também existe outra cidade antiga chamada Izmirn, ou Esmirna, citadas no  Novo Testamento como grandes centros culturais e de comércio, na região denominada Ásia Menor, cujo povo recebeu Cartas de Paulo conclamando-os a “terem bons olhos”, a “ouvirem as boas novas” e a “receberem  o Espírito Santo”. Isso aconteceu nos anos 50 a 53, durante a qual Paulo escreveu, em Corinto, as duas cartas aos Tessalonicenses (At 15,36-18,22). São as primeiras cartas de Paulo. A terceira viagem foi de 53 a 58. Neste período ele escreveu ¨as grandes epístolas¨, Gálatas e I Coríntios, em Éfeso; II Coríntios, em Filipos; e aos Romanos, em Corinto. No final desta viagem Paulo foi preso por ação dos judeus e entregue ao tribuno romano Cláudio Lísias, que o entregou ao procurador romano Felix, em Cesaréia. Aí Paulo ficou preso dois anos (58-60), onde apelou para ser julgado em Roma; tinha direito a isso por ser cidadão romano. Partiu de Cesaréia no ano 60 e chegaram em Roma em 61, após sério naufrágio perto da ilha de Malta. Em Roma ficou preso domiciliar até 63. Saiu viajou para a Espanha. Foi novamente preso no ano 66, no oriente, e enviado a Roma, sendo morto em 67 face à perseguição de Nero contra os cristãos desde o ano 64. S. Paulo foi um dos homens mais importantes do cristianismo. Deixou-nos 13 Cartas.

A cidade de Éfesus foi estabelecida em 560 AC pelo Rei Lídio Kroisis. Após esta data, a cidade foi reconstruída no sopé do monte na área circundante ao Templo de Artemis (era um Deus), descobertos em escavações em 1961, onde foram encontrados objetos de cerâmica e muros de lama datados até 3000 anos atrás. Na época da construção o monte estava localizado na fronteira da Região de Selçuk dentro da baía, por derrocadas aluviais do Afluente do Marnas e do Rio KMenderes a cidade se afastou do mar e então recolocada no Monte Ayasuluk que no período era uma ilha. A história de Herodoto sobre a colonização de Éfesos é contada no friso encontrado na Porta de Adriano na Rua Kurets, principal via das ruínas.

Voltando a Éfesus: todo o trajeto das ruínas tem mais de 1 milha ou 1.609 metros ou 1km e 609m, sob um sol forte, vendo muita coisa interessante nemnos apercebemos que é longe. O grupo da van e do turco bonito se dispersou, principalmente nós brasileiras. De vez em vez o encontrei e ele comentava com o pequeno grupo q o ouvia: olha ali elas.. ou onde estão as brasileiras??? De início não me incomodei, depois achei estranho e fiquei perto, pude notar um certo deboche como: por que será q elas não querem ouvir minhas explicações? Pagaram pelo guia e nem estão ouvindo??? Mal sabia ele q o problema era o inglês.

Fica aí uma crítica: não dá pra viajar para o exterior sem saber um idioma ou espanhol ou inglês. Realmente é humilhante as pessoas falarem, explicarem e ninguém dar atenção. Pra mim estava tudo ok, se eu quisesse poderia ficar ouvindo, mas como já tinha feito minhas pesquisas, queria apenas comprovar tudo q tinha lido. Andei por onde quis, vi quase tudo, só precisava ter mais tempo pra comparar as anotações com os monumentos como a Biblioteca Celsus.

 Fiquei próxima a Gisela e à Poly, que estava de chapéu verde, fácil de achar na multidão. O povo q visitava o local no mesmo dia parecia uma procissão, de tão numeroso, as línguas eram as mais diversas.

 Vimos a inscrição à deusa NIKE, que inspirou o nome e o símbolo da empresa de artigos esportivos.

Num momento apressei o passo pra ficar numa sombra e ouvi uma música... era uma guia falando português, de forma suave. Eu fiquei sem ar, pude entender um pouco da história q ela descrevia para um grupo de brasileiros de Juiz de Fora. Esperei q ela terminasse e pela explicação fui até ela, a abracei, agradeci e  lhe entreguei a bandeira do Brasil q eu trazia durante todo o trajeto. Ela se emocionou, agradeceu e abraçou a bandeira, dizendo: tem certeza? É pra mim? Que bonito!!!

Lá fui eu feliz da vida por ter feito minha parte. Logo em seguida entramos na Van para voltar ao Porto. No caminho ainda passamos para ver a última coluna do Templo de Artemis, visualizar 3 igrejas vizinhas:  Mesquita Isabey, a Igreja Católica de S.João e o Templo de Ártemis (pagão) que sobreviveram pacificamente por  muitos anos. A Van nos esperava na saída da visita e nos levou até a Casa da Maria, depois de subir uma serrinha com vista para todo o vale. A Casa foi construída no Monte Coressus ao Sul de Éfesos, está a 8 km da cidade. A casa onde a Virgem Maria passou seus últimos dias tem um terraço. Essa casa foi descoberta em 1891, depois de uma mulher receber mensagens para localização de uma casa nas proximidades que era um lugar santo. Essa mulher, K Emmerich escreveu um livro cuja cópia foi encaminhada ao Bispo, depois ao Papa e finalmente foi considerada um campo santo. A casa tem o formato de uma pequena capela com um plano de cruz. O carvão encontrado no chão data do Século I. Infelizmente não fui até lá, a Van levou quatro pessoas, nós aguardamos na entrada do parque. Contou-nos o guia que houve um grande incêndio na região e que num raio de 1km a casa não recebeu nenhuma faísca desse incêndio.

Passamos numa fábrica de couros, onde houve um desfile pra nós, peças lindas e o couro tão fino q parecia mais uma seda... nossos olhos brilharam!!! Ninguém comprou. Voltamos a Kusadasi, ainda nos restava um pouco de tempo então fomos conhecer um shopping próximo ao Porto, com artigos em mosaicos, prata, cobre, vidros coloridos, bolsas tecidas em fios dourados, lenços, etc...
É um lugar de lojas em alvenaria, térreas, construídas em corredores amplos, com bancos  onde ficam sentadas pessoas que levam para dentro das lojas os possíveis consumidores. Eles ficam ali, observando ou vêm ao encontro perguntando o que procuram. Pela venda nas lojas, ganham suas comissões. Eles estão bem vestidos, bem arrumados, não se parecem com pessoas pobres ou pedintes, parece q isso é mesmo uma profissão. Procurávamos por tapetes pequenos (e baratos), um deles nos levou numa loja linda, cheia de tapetes, mas com preços altos. Tiramos algumas fotos  e foi difícil sair de lá, eles não aceitam perder uma compra. Outra coisa interessante  é que todo comprador deve pedir desconto, mas depois de receber tem q comprar. Quando entrei numa loja pra ver bolsas, o vendedor foi nos levando pra dentro da loja q mais parecia um labirinto, com milhares de tipos de bolsas, de todas as marcas possíveis em Paris, Londres, Roma por um preço baixíssimo. Duas das meninas se animaram e compraram, então ele nos levou na loja do irmão dele, que vendia artigos e roupas em couro. O couro de lá é tão bem trabalhado q mais parece uma seda de macio. O preço não é caro, pela qualidade, mas nós não podíamos gastar, tínhamos muita coisa pela frente ainda.


Voltamos para o navio, com os olhos, mente e braços entupidos de objetos, história, cultura e algumas compritchas...

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