No feriado de 1º de maio de 2017 resolvemos conhecer a maior concorrente de Gramado: Campos do Jordão (SP) e não tivemos dúvida que é forte concorrente mesmo!!!!!
Após ter a autorização do tão ilustre amigo e jornalista Lenio, publico abaixo seus relatos:
Posteriormente vou ilustrar seus relatos com minhas fotos, então a página estará pronta para ser lida.
Após ter a autorização do tão ilustre amigo e jornalista Lenio, publico abaixo seus relatos:
Posteriormente vou ilustrar seus relatos com minhas fotos, então a página estará pronta para ser lida.
CAMPOS DO JORDÃO: A QUERIDINHA DOS PAULISTAS (I)
OS PLANOS
Passaram os feriadões da "Páscoa" e do "Tiradentes" e a dupla dinâmica, sem movimentação.
Viria o 3º, o de "1º de Maio" e senti que a mente iluminada, da minha grande companheira de viagens, a curitibana, Nilda Maria não deixaria passar em branco. Não deu outra.
O DESTINO
Comunicou-me: - "Tenho um grande destino para nós." Confio tanto nas programações dela que concordei, mesmo sem saber para onde.
Seria Campos do Jordão (SP), considerada a "Suíça brasileira", pelo seu clima.
Fui nas nuvens e voltei. Claro, endossei a ideia.
A PREPARAÇÃO
Corri para a Estação Rodoviária de P. Alegre (RS), para ver se conseguiria as passagens de ida e vinda da capital paulista. Os 2 lugares gratuitos para idosos, já estavam ocupados. Mas consegui, com 50% de desconto, pela PENHA.
VIAGEM ECONÔMICA
Essa nossa 53ª Etapa (viagem) seria econômica, pois nos hospedaríamos num Hostel.
O ENCONTRO
Parti de POA, dia 27-04-17, às 14h, chegando na capital paulista, às 11h.
A Nilda Maria saiu de Curitiba, à meia noite, desembarcando, às 6 da manhã.
Esperou-me por 5 horas, mas não reclamou nada, pois na nossa 1ª Etapa (maio/2012), foi em Buenos Aires quando cheguei à tarde e ela, somente, às 3 da madrugada.
APREENSÃO
Estava programada uma greve geral, no país, para aquela 6ª-feira, dia que chegaríamos em São Paulo.
Pois tivemos mais sorte que juízo. Ela chegou de manhã cedo e a greve não tinha começado e eu, às 11,00, ela já tinha terminado.
Nunca tinha visto a capital paulista tão calma. Pouco trânsito, uma beleza.
DESTINO FINAL
Ao meio dia, pela Empresa Pássaro Marrom, rumamos para Campos do Jordão que dista 173 km.
Viagem tranquila, tendo passado por São José dos Campos.
Paisagem semelhante a da Serra Gaúcha. Afinal de contas, estávamos indo para a Serra da Mantiqueira.
No trajeto ocorreu um leve chuvisqueiro e depois muita cerração.
Após 3 horas, estávamos lá, sem chuva, mas com o tempo "emburrado" (sem sol).
1ªs IMPRESSÕES
A entrada da cidade apresenta duas casas, em cada lateral da avenida, em estilo alemão <teto (cumieira) alto, em forma de triângulo>, ligadas entre si, formando um pórtico monumental , com uma placa central, com a inscrição: "Campos do Jordão".
Os veículos e as pessoas passam por baixo dessa ligação e adentram na cidade, numa longa avenida, separada da via contrária, por trilhos de trem/bonde e arborizada, em toda a sua extensão, com plátanos.
Estávamos no outono e as folhas, predominantemente, amarelas caíam e espalhavam-se pelo chão. Muito bonito, dando um "arzinho" do Canadá.
Mais tarde, apuramos que essa avenida tem 7 km e termina próxima à Estação Rodoviária. Ao entrar na cidade, leva o nome de Av. Dr. Januário Miraglia e quando sai, Av. Frei Orestes Girardi.
É a principal via da cidade, ligando o Centro Comercial com o Centro Turístico.
HOSTEL
Localiza-se no Centro (Setor) Comercial. Então, tivemos que retornar de táxi. Se não tivéssemos malas, daria para descer na frente.
Prédio antigo, de esquina, ocupando a parte superior. Há quartos coletivos, mas fomos para um duplo, com banheiro interno.
A proprietária, Sra. Almerinda, chamada de "Minda", recebeu-nos com muita cordialidade. Posteriormente, ficamos sabedores que também viaja muito.
O café da manhã é bem "modesto", mas apresenta 2 ou 3 tipos de bolos que ela mesma, faz questão de fazê-los.
Ah ! Independente disso, faz geleias maravilhosas que a Nilda Maria adquiriu prontamente. Tem uma de gengibre que é ótima para a garganta e uma outra que eu nunca tinha visto na vida: de tomate arbóreo, isto é, é colhido em árvores. Ele tem o formato oval, não é grande e tem a polpa de cor escura. Foi a que mais gostei.
1ªs INCURSÕES
Defronte ao Hostel, existe a "Praça Júlio Domingues Pereira", com uma estátua num pedestal, em homenagem ao "Júlio Bandeirante".
Ao seu lado e bem maior, está a "Praça das Bandeiras" que ostenta um belo chafariz redondo, com um globo no centro dos jatos d'água. Muito bem cuidada, com a grama bem aparada e muitas flores em seus canteiros.
Passando para o canteiro central, encontramos os trilhos do trem e do bondinho e ali está a "Estação Abernéssia", justamente, o nome do bairro que eles chamam de "Vila".
Esta estação é um chalé, de madeira, no estilo alemão (enxaimel).
Cruzando os trilhos e a outra avenida, está o "Mercado Municipal", com arquitetura do fim dos anos 60 e começo dos 70.
O bairro, como a própria denominação indica "Centro Comercial", está repleto de lojas, bares, restaurantes, farmácias, etc...
Já estava escurecendo e jantamos por ali. (Não foi barato).
A NOITE
Retornamos ao Hostel, para nos agasalharmos melhor, pois à noite, a tendência era esfriar. Iríamos conhecer o "Centro Turístico"..
De ônibus, após 4 km, chegamos na "Vila Capivari", local de concentração dos turistas.
Meus amigos, parece outra cidade, pois é um "fervo" danado, com lojinhas oferecendo os mais diversos produtos, como roupas, chocolates, bares, restaurantes, shoppings, etc.... Inclusive, um enorme palco, onde apresentam-se os mais diversos artistas e conjuntos musicais.
Se os restaurantes não são muito baratos, há a opção de uma praça de alimentação que oferece grande quantidade de alimentos, desde pastéis, caldo de pinhão, bolinhos, etc.... Claro, precinhos populares.
Como pano de amostra, esse 1º dia, foi muito bom.
Ah ! O dia esteve sombrio, numa temperatura constante de 16°. À noite, baixou para 12°, mas sem vento, não "arrepiou" muito.
A VOLTA
Pela mesma avenida (do outro lado dos trilhos) retornamos.
Cheguei a pensar que era uma cidade de uma rua só.
Esta conclusão está certa ou errada ?
É o que veremos na próxima Coluna.
Inté lá.
CAMPOS DO JORDÃO: A QUERIDINHA DOS PAULISTAS (II)
Num dos prédios, tem o "Portal Receptivo", órgão de orientação e de informação ao turista.
Fomos, magnificamente, recebidos pela simpática jovem Débora que além de nos dar dicas importantes, não só de pontos turísticos e gastronômicos, municiou-nos com farto material publicitário do município.
Através dela, ficamos sabendo que Campos do Jordão é conhecida como a "Terra da Truta e do Pinhão". (Aliás, estávamos em plenos festejos da 56ª Festa do Pinhão).
Obrigado, Débora.
O ALMOÇO
De ônibus, apesar de toda a tranqueira, chegamos ao "Mercado Municipal", onde saboreamos gostosas trutas. (Na cidade, há mais de um local, onde praticam a truticultura).
Iríamos dividir o prato, mas "crescemos o olho" e pedimos pratos separados. Serviram belas trutas, com molho de pinhão e de castanha. Ficamos tão satisfeitos que até gorjeta demos. (lá, não cobram os 10% do garçon). Custou, cada um, com bebida R$ 37,00, mas demos R$ 40,00. Tanto as trutas, como o atendimento foram Nota 10.
TELEFÉRICO
O movimento ali, no Centro Comercial, já tinha aliviado.
Então nos tocamos, de ônibus, para o Centro Turístico.
Fomos em busca de um ponto turístico imperdível, o "Teleférico Campos do Jordão" que nos eleva dos 1.628 metros de altitude, para os 1.800, do Morro do Elefante. (Tem esse nome, face ao seu formato parecer um elefante, com tromba e tudo).
Na base, tem um belo parque, com pedalinhos, com formato de cisnes. Custa R$ 14,00.
Esse teleférico foi o 1º sistema de monocabo aéreo do Brasil (1970) e é composto por 75 cadeirinhas individuais. R$ 15,00.
Em filas enormes, todos aguardam, alegremente, a sua vez.
O TRAJETO
É quase a pique e lá vão as pessoas com as perninhas balançando no ar. Ninguém resiste, em não dar uma olhadinha para trás, onde a cidade vai se distanciando e proporcionando uma maior amplitude de visão.
O percurso é rápido, somente, 5 minutos.
ALTOS DO MORRO
Chegando ao topo, onde existe a "Praça Monteiro Lobato" que patrocina uma das mais privilegiadas vistas de Campos do Jordão. De lá, da para "entender" melhor a cidade, pois tem muitos morros (cerros) e nas "baixadas" (panelões), entre os mesmos, existem bairros, chamados pelos jordanenses, de Vilas. Não é de graça que desfilaram tantos colégios, pois é uma cidade de porte médio, com 50.852 habitantes.
OUTRA ATRAÇÃO
Ainda, no cimo do morro, existe o "Parque dos Elefantes", com entrada gratuita.
1º passo: cada pessoa, casal ou grupo ao entrar, é fotografado por um profissional do Parque, tendo como cenário, uma vista da cidade.
Trata-se de um museu bem interessante, com réplicas e fotos (verdadeiros painéis) de elefantes, em tamanho natural.
Ao longo da trilha, muitos cartazes, em pedestais, dão explicações sobre esses paquidermes. Eles predominam na África e na Índia.
Citando a Índia, tem um painel do Taj Mahal que ninguém passa, sem bater uma foto, defronte ao mesmo.
Inclusive, no trajeto, tem-se uma visão do outro lado do morro, onde mais bairros existem.
Ao terminar a visita, uma surpresa. Lembram-se da foto na entrada ? Foi transformada em chaveirinho. Um, custa r$ 10,00 e dois, R$ 15,00. Bela lembrança.
Visita obrigatória.
CAPIVARI
O crepúsculo caía, então descemos no Capivari, centro nervoso da cidade. Estava difícil até para caminhar. Ruas, bares, restaurantes, lojinhas repletos e na praça de alimentação, onde tem as tendinhas, com refeições baratas e o palco, conseguir um lugar numa mesa, só com paciência oriental.
Optamos por um caldo de pinhão (R$ 15,00) que vem numa cumbuquinha. Muito bom.
A DESCOBERTA
Naquele formigueiro de gente, passávamos pelo "Boulevard Geneve", onde diversas casa de chocolate oferecem "provinhas", a Nilda Maria descobriu (o que é que ela não descobre ?) algo interessante. Uma loja que apresenta os brasões de Famílias de descendências portuguesa e espanhola. Esses brasões têm os mais diversos formatos e preços. Existem aqueles que podem ser fixados nas paredes; outros, em pedestais, para mesas e balcões e até chaveirinhos. Ela encontrou e encomendou, para entrega no outra dia, de suas Famílias, inclusive, da sua filha e do seu genro. Verdadeiros troféus.
Encontrei o dos Cardoso, porém não adquiri, pois um primo meu, fez uma pesquisa e o nosso brasão é outro.
Ainda circulamos mais um tempo, indo até ao Shopping Pátio Paris, onde a escadaria da entrada, tem uma réplica da Torre Eiffel que parece que estamos na "Cidade Luz". Fotos obrigatórias.
Voltamos de ônibus e já começávamos a nos preparar para o dia seguinte (domingo), onde conheceríamos mais um ponto obrigatório de visita: a "Ducha de Prata".
O que será mesmo, isto ?
CAMPOS DO JORDÃO
A QUERIDINHA DO PAULISTAS ( III)mundo. Primeiramente, por querer dar um tapa na bunda daquela santinha e depois, por ter quebrado os votos da mesma.
CAMPOS DO JORDÃO
A QUERIDINHA DOS PAULISTAS (IV) (FINAL)
Venha viajar pelos trilhos da Mantiqueira.
Uma sugestão para quem visita "Aparecida", o maior Santuário Católico da América Latina, visite a "Suíça Brasileira", pois dista apenas 1 hora e meia de distância.
O POVO
Embora, no feriadão, houvesse um verdadeiro enxame de turistas, contatamos com muitos jordanenses. São gentís, prontos para prestarem quaisquer informações e com aquela simplicidade da gente do interior. Gostamos muito deles.
1825 - Um dos proprietários das terras foi o Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão.
1827 - O português Matheus da Costa Pinto comprou "os Campos do Jordão".
Construiu uma estalagem (pensão), para receber doentes, principalmente, para os males dos pulmões, pois o clima da montanha favorecia a sua cura.
Ganhando notoriedade, foi crescendo e o Dr. Domingos José de Nogueira Jaguaribe, médico, escritor e deputado, fundou o povoado de "Vila Velha". (1874)
Em 1891, passou a chamar-se "Vila Velha do Jaguaribe".
Mais tarde, consolidou-se com o nome de Campos do Jordão. Com o avanço da medicina, a tuberculose, foi erradicada, porém a cidade estava se tornando mais conhecida e frequentada, tornando-se um forte pólo turístico.
Eu e a Nilda Maria tivemos a felicidade de visitá-la, em plena comemoração dos seus 143 anos. (1874-2017).
Voltando à comparação entre Gramado e Campos do Jordão, sugerimos o seguinte:
- "Visitem as duas."
Eu não saberia relatar com tamanha fidelidade nossa passagem por Campos do Jordão. Meus relatos são mais históricos, didáticos. Os do Lenio são mais bem humorados e comparativos e isso dá um ar leve à leitura, por isso resolvi mesclar com os meus esses trechos do blog www.fatos100fotos@blogspot.com.br
do companheiro de viagens mais bem humorado que conheço!!!!
Obrigada Lenio!!!
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