OBRIGADA PELA VISITA!!!!!!

Sei que vc não sabia q eu tinha este blog, resolvi fazer isso para escrever um pouco sobre minhas impressões e experiências. Enquanto estou dando aulas conto muitas histórias... talvez seja para fazer o tempo não fluir tão rápido e assim abraçar o que de melhor aconteceu, reviver, lembrar e sentir novamente a emoção daquele momento.



A arte de contar histórias deve estar no sangue que recebi de minha mãe e de meu pai, ambos me ensinaram a contar histórias e aqui estou eu, escrevendo-as.



Já tenho dois filhos, já plantei várias árvores e agora cumpro com a terceira premissa para me sagrar humana: escrever um livro.



Vou ficar muito feliz se vc deixar uma frase q exprima o que temos em comum, o que nosso encontro o despertou ou ainda sua impressão sobre o que já leu aqui. Seu coração deve falar mais alto...vou aguardar ansiosa.











sábado, 8 de abril de 2017

CAMPOS DE JORDÃO - Maio/2017

      No feriado de 1º de maio de 2017 resolvemos conhecer a maior concorrente de Gramado: Campos do Jordão (SP) e não tivemos dúvida que é forte concorrente mesmo!!!!! 
Após ter a autorização do tão ilustre amigo e jornalista Lenio, publico abaixo seus relatos:
Posteriormente vou ilustrar seus relatos com minhas fotos, então a página estará pronta para ser lida.

CAMPOS DO JORDÃO: A QUERIDINHA DOS PAULISTAS (I)

                             OS PLANOS

      Passaram os feriadões da "Páscoa" e do "Tiradentes" e a dupla dinâmica, sem movimentação.

      Viria o 3º, o de "1º de Maio" e senti que a mente iluminada, da minha grande companheira de viagens, a curitibana, Nilda Maria não deixaria passar em branco. Não deu outra.

                        O DESTINO

     Comunicou-me: - "Tenho um grande destino para nós." Confio tanto nas programações dela que concordei, mesmo sem saber para onde.

     Seria Campos do Jordão (SP), considerada a "Suíça brasileira", pelo seu clima.

     Fui nas nuvens e voltei. Claro, endossei a ideia.

                     A PREPARAÇÃO

     Corri para a Estação Rodoviária de P. Alegre (RS), para ver se conseguiria as passagens de ida e vinda da capital paulista. Os 2 lugares gratuitos para idosos, já estavam ocupados. Mas consegui, com 50% de desconto, pela PENHA.

                      VIAGEM ECONÔMICA

     Essa nossa 53ª Etapa (viagem) seria econômica, pois nos hospedaríamos num Hostel.

                           O ENCONTRO

     Parti de POA, dia 27-04-17, às 14h, chegando na capital paulista, às 11h.

    A Nilda Maria saiu de Curitiba, à meia noite, desembarcando, às 6 da manhã.

    Esperou-me por 5 horas, mas não reclamou nada, pois na nossa 1ª Etapa (maio/2012), foi em Buenos Aires quando cheguei à tarde e ela, somente, às 3 da madrugada.

                        APREENSÃO

      Estava programada uma greve geral, no país, para aquela 6ª-feira, dia que chegaríamos em São Paulo.

      Pois tivemos mais sorte que juízo. Ela chegou de manhã cedo e a greve não tinha começado e eu, às 11,00, ela já tinha terminado.

      Nunca tinha visto a capital paulista tão calma. Pouco trânsito, uma beleza.

                      DESTINO FINAL

      Ao meio dia, pela Empresa Pássaro Marrom, rumamos para Campos do Jordão que dista 173 km.

     Viagem tranquila, tendo passado por São José dos Campos.

      Paisagem semelhante a da Serra Gaúcha. Afinal de contas, estávamos indo para a Serra da Mantiqueira.

     No trajeto ocorreu um leve chuvisqueiro e depois muita cerração. 

    Após 3 horas, estávamos lá, sem chuva, mas com o tempo "emburrado" (sem sol).

                   1ªs IMPRESSÕES

     A entrada da cidade apresenta duas casas, em cada lateral da avenida, em estilo alemão <teto (cumieira) alto, em forma de triângulo>, ligadas entre si, formando um pórtico monumental , com uma placa central, com a inscrição: "Campos do Jordão".

      Os veículos e as pessoas passam por baixo dessa ligação e adentram na cidade, numa longa avenida, separada da via contrária, por trilhos de trem/bonde e arborizada, em toda a sua extensão, com plátanos.

      Estávamos no outono e as folhas, predominantemente, amarelas caíam e espalhavam-se pelo chão. Muito bonito, dando um "arzinho" do Canadá.

      Mais tarde, apuramos que essa avenida tem 7 km e termina próxima à Estação Rodoviária. Ao entrar na cidade, leva o nome de Av. Dr. Januário Miraglia e quando sai, Av. Frei Orestes Girardi.

      É a principal via da cidade, ligando o Centro Comercial com o Centro Turístico.

                          HOSTEL

      Localiza-se no Centro (Setor) Comercial. Então, tivemos que retornar de táxi. Se não tivéssemos malas, daria para descer na frente.

      Prédio antigo, de esquina, ocupando a parte superior. Há quartos coletivos, mas fomos para um duplo, com banheiro interno.

     A proprietária, Sra. Almerinda, chamada de "Minda", recebeu-nos com muita cordialidade. Posteriormente, ficamos sabedores que também viaja muito.

     O café da manhã é bem "modesto", mas apresenta 2 ou 3 tipos de bolos que ela mesma, faz questão de fazê-los. 

     Ah ! Independente disso, faz geleias maravilhosas que a Nilda Maria adquiriu prontamente. Tem uma de gengibre que é ótima para a garganta e uma outra que eu nunca tinha visto na vida: de tomate arbóreo, isto é, é colhido em árvores. Ele tem o formato oval, não é grande e tem a polpa de cor escura. Foi a que mais gostei.

                1ªs INCURSÕES

      Defronte ao Hostel, existe a "Praça Júlio Domingues Pereira", com uma estátua num pedestal, em homenagem ao "Júlio Bandeirante".

       Ao seu lado e bem maior, está a "Praça das Bandeiras" que ostenta um belo chafariz redondo, com um globo no centro dos jatos d'água. Muito bem cuidada, com a grama bem aparada e muitas flores em seus canteiros.

      Passando para o canteiro central, encontramos os trilhos do trem e do bondinho e ali está a "Estação Abernéssia", justamente, o nome do bairro que eles chamam de "Vila".

      Esta estação é um chalé, de madeira, no estilo alemão (enxaimel).

      Cruzando os trilhos e a outra avenida, está o "Mercado Municipal", com arquitetura do fim dos anos 60 e começo dos 70.

      O bairro, como a própria denominação indica "Centro Comercial", está repleto de lojas, bares, restaurantes, farmácias, etc...

     Já estava escurecendo e jantamos por ali. (Não foi barato).

                           A NOITE

     Retornamos ao Hostel, para nos agasalharmos melhor, pois à noite, a tendência era esfriar. Iríamos conhecer o "Centro Turístico"..

    De ônibus, após 4 km, chegamos na "Vila Capivari", local de concentração dos turistas.

   Meus amigos, parece outra cidade, pois é um "fervo" danado, com lojinhas oferecendo os mais diversos produtos, como roupas, chocolates, bares, restaurantes, shoppings, etc.... Inclusive, um enorme palco, onde apresentam-se os mais diversos artistas e conjuntos musicais.

       Se os restaurantes não são muito baratos, há a opção de uma praça de alimentação que oferece grande quantidade de alimentos, desde pastéis, caldo de pinhão, bolinhos, etc.... Claro, precinhos populares.

       Como pano de amostra, esse 1º dia, foi muito bom.

       Ah ! O dia esteve sombrio, numa temperatura constante de 16°. À noite, baixou para 12°, mas sem vento, não "arrepiou" muito.

                         A VOLTA

      Pela mesma avenida (do outro lado dos trilhos) retornamos.

      Cheguei a pensar que era uma cidade de uma rua só.

      Esta conclusão está certa ou errada ?

      É o que veremos na próxima Coluna.
      Inté lá.


CAMPOS DO JORDÃO: A QUERIDINHA DOS PAULISTAS (II)
                     ANIVERSÁRIO DA CIDADE
     Dia 29-04-2017, sábado, a cidade estava completando 143 anos (1874). Os jordanenses estavam em festa.
     Defronte ao hostel, uma multidão incrível, pois estava ocorrendo um desfile cívico. Veículos da polícia, da guarda municipal, dos bombeiros, ambulâncias, todos de sirenes esgaçadas, abriam o desfile, seguidos por estudantes de diversas escolas, com suas bandas marciais.
        Estávamos na dispersão (defronte ao hostel).
        Lembrei-me dos desfiles de 7 de Setembro e Parada da Mocidade, na minha terrinha.
        Tudo muito bonito e fiquei surpreendido com o nº de colégios que se apresentaram.
                       A CAMINHADA
       A cidade parou. A entrada e a saída estavam num congestionamento só.
        Fomos para a parada de ônibus, a fim de irmos até ao "Portal de Entrada", para batermos fotos.
        Como o coletivo não aparecia, perguntamos a uma Sra. idosa, de origem japonesa, se dava para ir a pé. Ela pensou um pouco, encarou-nos e disse que dava.
       Eu e a Nilda Maria, pelo canteiro central (acompanhando os trilhos de trem/bondinho), empreendemos a caminhada.
       P'rá encurtar a história, não chegávamos nunca. A cada curva, pensávamos que lá estaria o portal. Que nada ! Mais curvas e ......nada. Caminhamos por mais de 1 hora.
      A Nilda Maria estava de tênis novo e a costura da meia, do pé direito, começou a machucar o dedinho do pé. Ela ficou tão irritada que já queria voltar ao ponto do ônibus, para xingar a simpática japonesinha. Ha! Ha! Ha!
                        A RECOMPENSA
      Valeu à pena o sacrifício, pois o Portal da Cidade é magnífico. Ele situa-se na "Vila Albertina".
      Defronte, canteiros bem cuidados e floridos são cenário para belas fotos.
     Os dois enormes prédios, no estilo germânico, ligados entre si, formam uma das mais bonitas entradas e saídas das cidades que conheço.
     Num dos prédios, tem o "Portal Receptivo", órgão de orientação e de informação ao turista.    
       Fomos, magnificamente, recebidos pela simpática jovem Débora que além de nos dar dicas importantes, não só de pontos turísticos e gastronômicos, municiou-nos com farto material publicitário do município.  
      Através dela, ficamos sabendo que Campos do Jordão é conhecida como a "Terra da Truta e do Pinhão". (Aliás, estávamos em plenos festejos da 56ª Festa do Pinhão).
     Obrigado, Débora.
                        O ALMOÇO
     De ônibus, apesar de toda a tranqueira, chegamos ao "Mercado Municipal", onde saboreamos gostosas trutas. (Na cidade, há mais de um local, onde praticam a truticultura).
     Iríamos dividir o prato, mas "crescemos o olho" e pedimos pratos separados. Serviram belas trutas, com molho de pinhão e de castanha. Ficamos tão satisfeitos que até gorjeta demos. (lá, não cobram os 10% do garçon). Custou, cada um, com bebida R$ 37,00, mas demos R$ 40,00. Tanto as trutas, como o atendimento foram Nota 10.
                     TELEFÉRICO
       O movimento ali, no Centro Comercial, já tinha aliviado.
      Então nos tocamos, de ônibus, para o Centro Turístico.
      Fomos em busca de um ponto turístico imperdível, o "Teleférico Campos do Jordão" que nos eleva dos 1.628 metros de altitude, para os 1.800, do Morro do Elefante. (Tem esse nome, face ao seu formato parecer um elefante, com tromba e tudo).
     Na base, tem um belo parque, com pedalinhos, com formato de cisnes. Custa R$ 14,00.
     Esse teleférico foi o 1º sistema de monocabo aéreo do Brasil (1970) e é composto por 75 cadeirinhas individuais. R$ 15,00.
    Em filas enormes, todos aguardam, alegremente, a sua vez.
                       O TRAJETO
     É quase a pique e lá vão as pessoas com as perninhas balançando no ar. Ninguém resiste, em não dar uma olhadinha para trás, onde a cidade vai se distanciando e proporcionando uma maior amplitude de visão.
     O percurso é rápido, somente, 5 minutos.
                  ALTOS DO MORRO
     Chegando ao topo, onde existe a "Praça Monteiro Lobato" que patrocina uma das mais privilegiadas vistas de Campos do Jordão. De lá, da para "entender"  melhor a cidade, pois tem muitos morros (cerros) e nas "baixadas" (panelões), entre os mesmos, existem bairros, chamados pelos jordanenses, de Vilas. Não é de graça que desfilaram tantos colégios, pois é uma cidade de porte médio, com 50.852 habitantes.
                      OUTRA ATRAÇÃO
        Ainda, no cimo do morro, existe o "Parque dos Elefantes", com entrada gratuita.
        1º passo: cada pessoa, casal ou grupo ao entrar, é fotografado por um profissional do Parque, tendo como cenário, uma vista da cidade.
        Trata-se de um museu bem interessante, com réplicas e fotos (verdadeiros painéis) de elefantes, em tamanho natural.
        Ao longo da trilha, muitos cartazes, em pedestais, dão explicações sobre esses paquidermes. Eles predominam na África e na Índia.
        Citando a Índia, tem um painel do Taj Mahal que ninguém passa, sem bater uma foto, defronte ao mesmo.
        Inclusive, no trajeto, tem-se uma visão do outro lado do morro, onde mais bairros existem.
        Ao terminar a visita, uma surpresa. Lembram-se da foto na entrada ? Foi transformada em chaveirinho. Um, custa r$ 10,00 e dois, R$ 15,00. Bela lembrança.
       Visita obrigatória.
                      CAPIVARI
        O crepúsculo caía, então descemos no Capivari, centro nervoso da cidade. Estava difícil até para caminhar. Ruas, bares, restaurantes, lojinhas repletos e na praça de alimentação, onde tem as tendinhas, com refeições baratas e o palco, conseguir um lugar numa mesa, só com paciência oriental.
       Optamos por um caldo de pinhão (R$ 15,00) que vem numa cumbuquinha. Muito bom.
                        A DESCOBERTA
       Naquele formigueiro de gente, passávamos pelo "Boulevard Geneve", onde diversas casa de chocolate oferecem "provinhas", a Nilda Maria  descobriu (o que é que ela não descobre ?) algo interessante. Uma loja que apresenta os brasões de Famílias de descendências portuguesa e espanhola. Esses brasões têm os mais diversos formatos e preços. Existem aqueles que podem ser fixados nas paredes; outros, em pedestais, para mesas e balcões e até chaveirinhos. Ela encontrou e encomendou, para entrega no outra dia, de suas Famílias, inclusive, da sua filha e do seu genro. Verdadeiros troféus.
        Encontrei o dos Cardoso, porém não adquiri, pois um primo meu, fez uma pesquisa e o nosso brasão é outro.
       Ainda circulamos mais um tempo, indo até ao Shopping Pátio Paris, onde a escadaria da entrada, tem uma réplica da Torre Eiffel que parece que estamos na "Cidade Luz". Fotos obrigatórias.
        Voltamos de ônibus e já começávamos a nos preparar para o dia seguinte (domingo), onde conheceríamos mais um ponto obrigatório de visita: a "Ducha de Prata".
        O que será mesmo, isto ?


CAMPOS DO JORDÃO
           A QUERIDINHA DO PAULISTAS ( III)
                      DOMINGO GLORIOSO
      Se no sábado, o tempo esteve "emburrado", no domingo - 30-04-17 -, ele abriu-se sob um sol esplendoroso. No começo da tarde, chegou a ir a 27 graus.
                    PONTO OBRIGATÓRIO
      A nossa meta do dia, era visitarmos a "Ducha de Prata".
     Para economizarmos, combinamos que iríamos de ônibus, pois ambos não pagam.
     Mas como era domingo e a frequência é de hora em hora, optamos pelo "Trenzinho" (Din Din, Jardineira, etc...). Paga-se R$ 25,00, com direito à guia.
                      O TRAJETO
      A saída é na praça principal da "Vila Capivari" (Centro Turístico). Filas enormes formavam-se, mas muitos trenzinhos, as "papavam" (verdadeiros papa-filas).
     O guia, um jovem gozador, apresentou-se e antes da locomotiva partir, largou essa: _ "Apertem os cintos que estão debaixo dos bancos."  A maioria inclinou-se e começou a procurá-los, mas não tinha nada. Aí, ele complementou: - "Sinto muito, mas não tem cinto." Risadaria geral. Ha! Ha! Ha!
        Passamos pela "Vila Inglesa" e ali está a nata dos ricaços. Não são, simplesmente, belas casas, mas verdadeiras mansões, nos mais diversos estilos. Mansões que ocupam quadras inteiras, no meio de bosques, muito bem cuidados.
      O guia mostrou a mansão do Bispo Edir Macedo, dizendo que tem dois elevadores, várias suítes e banheiros. Um desbunde !
      Mais um tempinho e ele falou: - "Lá está a mansão do Ratinho." Todo mundo olhou p'rá cima, procurando-a. Ele apontou para o chão, mostrando a tampa de um ........bueiro. Ha! Ha! Ha!
      Foi um desfile deslumbrante de moradas de alto luxo que o guia, não se conteve e lascou: - "Quem estuda tem e quem não estuda, vira animador de trem." Crozis !
                     DUCHA DE PRATA
      Após 40', chegamos.
     Situa-se entre as belas paisagens da "Vila Inglesa" e trata-se de um conjunto de quedas. A água escorre em degraus, pelas rochas e passarelas armadas sobre as mesmas, permitindo às pessoas que se movimentem para todos os lados.
     São pequenas cachoeiras que nas quedas têm a cor branca, parecendo espuma de prata.
     No local, muitas lojinhas e também pode-se praticar o arborismo. Tudo isso, faz a alegria dos visitantes.
      A visita é rápida, 25' e todos têm que voltar a "bordo" do Trenzinho. Quatro ficaram para trás e não sei como retornaram.
     Foi um belo passeio.
                           O ALMOÇO
    O relógio apontava 14h30 e o café do hostel, já estava nos nossos calcanhares.
   Como à noite, pretendíamos ir a um rodízio de "fondues", o almoço seria leve.
    Fomos na barraca dos pastéis e optei por 4, de carne (embora com o mesmo paladar, diferenciam da forma tradicional - meia-lua-, pois vêm em rolos compridinhos). A Nilda Maria preferiu rosquinhas de cebola, com alho.
    Eu fiquei "tufado", mas pelo jeito, ela não.
    Então fomos à Vila Jaguaribe, no "Café da Elaine" que é uma "struderia", cujo slogan é o seguinte: "O melhor apfelstrudel da Região".
     Ela ficou tão satisfeita que o nosso plano noturno de papar um rodízio de "fondue", foi por água abaixo. Financeiramente, até foi ótimo, para nós, pois o mais barato, custava R$ 64,00, por pessoa.
                          O JANTAR
      Voltamos à Vila Capivari, caminhamos bastante, especulando preços em várias lojinhas, misturando-se naquele verdadeiro formigueiro humano.
      Às 22h, ainda não estávamos com muita fome e substituímos o saboroso, mas caro, "fondue", por um gostoso e barato, caldo de pinhão. (R$ 15,00).
                         DIA 1º DE MAIO
      Estávamos com viagem, de retorno, marcada para o meio-dia.
     Porém ainda queríamos aproveitar a manhã, para mais duas visitas: "Palácio Boa Vista" e o 
"Convento das Irmãs Beneditinas".
                     PALÁCIO BOA VISTA
      Daria para ir de ônibus, mas como era feriado, os mesmos custavam muito a passar.
      Optamos por táxi, na Bandeira 2, deu R$ 22,50, mas o simpático taxista, o Sr. José Luís (Quirino), cobrou R$ 20,00 (10,00 per capita). Beleza !
                  "ALTO DA BOA VISTA"
       Trata-se da residência de inverno dos Governadores Paulistas. Não é uma mansão, mas um verdadeiro palácio, digno de visitações. Só que as mesmas, só podem ser efetuadas, de 4ª a domingo. Era 2ª-feira e só chegamos até ao portão de entrada.
        Defronte ao palácio, tem uma lojinha/café, com diversas lembrancinhas à venda. Neste café, também tem mesas ao ar livre, onde descortina-se uma bela vista panorâmica do outro lado da cidade. Vislumbram-se outras Vilas (Bairros).
        Esse palácio deve ser muito requintado por dentro. Fica para uma outra vez.
                     A DESCIDA
      Do magnífico "Palácio Boa Vista", daria para descer de ônibus, embora um pouco complicado. Teríamos que pegar dois, um circular e depois outro que nos levaria à Vila Abernéssia.
    Esperamos uns 10 minutos e como não passou nenhum, resolvemos descer a pé. Afinal de contas, para descer todos os santos ajudam e além de tudo, não caminharíamos  mais do que a idosa japonesa nos enrabou. Ha! Ha! Ha!
   Temperatura agradável, entre muitas árvores, fomos seguindo a estrada asfaltada.
              CONVENTO DAS BENEDITINAS
   Após 30', uma outra atração turística.
   Entramos e enquanto a Nilda Maria foi ao sanitário, dirigi-me, à esquerda, rumo à capela e à gruta.
    Quando cheguei próximo à capela, vi uma freira, de costas, com seu hábito balançando, pela brisa. Pensei que fosse uma estátua e estava tão perfeita que pensei: - "Vou dar um tapa na bunda dela, p'rá ver se é ou não é." Mas quando cheguei mais perto, a "estátua" mexeu-se. Fiquei intrigado e ultrapassei-a e vi que a minha "estátua" era "viva".
      Puxa ! Fiquei envergonhado e acabei fazendo uma pergunta imbecil: - "A Ordem da Sra. é a Imaculada Coração de Jesus ?" Ela, se não fosse uma santinha, poderia responder: - "Idiota, não viste na entrada que aqui é um Convento das Irmãs Beneditinas ?" Mas com muita doçura (lembrei-me da Irmã Dulce, em Salvador), respondeu-me: - "Não meu filho, sou beneditina."
     Eu tinha perdido a "linha" e complementei: - "Puxa ! O hábito é parecido." (Até que era, só que no Ginásio N.Sra. da Conceição, em Taquari, era preto e não marrom, mas o "papo" branco era igual).
     Continuava embaraçado, mas ela, apoiada numa bengalinha, estava muito tranquila.
     Aí, bem perturbado, extrapolei: - "Achei a Sra. tão bonitinha que gostaria de bater uma foto sua." Ela ruborizou com o "bonitinha". Eu devia ter dito que ela parecia uma "santinha".
    Para amenizar a situação, perguntei o seu nome e ela respondeu: - "Sou a Irmã Ângela e tenho.... 91 anos." 
    Quase caí duro, mas bati uma foto histórica.
    Passado o episódio, chegou a Nilda Maria e contei o ocorrido. Achei que ela me apoiaria, me daria força. Que nada, me "bombardeou": - "Tu não sabias que essas Irmãs fazem votos de 10 anos ? Não podem conversar com pessoas, fora da sua Congregação, por todo esse período ?"
     Senti-me, duplamente, o pior pecador do 
mundo. Primeiramente, por querer dar um tapa na bunda daquela santinha e depois, por ter quebrado os votos da mesma.

    Tomara que ela atinja os 101 anos, cumprindo mais 10 anos de "votos". Crozis !
                      O RETORNO
    Às 12h, partiríamos no mesmo ônibus, da Pássaro Marron. Eu, para a capital paulista e a Nilda Maria, para São José dos Campos.
    Ela retornou de avião, para Curitiba e eu, de ônibus, pela PENHA, para o RS.
     Nem tinha saído do Terminal Tietê e ela já estava no aconchego do seu lar (Curitiba).
     Essa nossa 53ª Etapa (viagem), foi coroada de êxito e mais historinhas, em nossas lembranças.


 CAMPOS DO JORDÃO
    A QUERIDINHA DOS PAULISTAS (IV) (FINAL)
                        RESCALDO FINAL
     Quando falei que iria para a "Suíça Brasileira", muitos amigos disseram que Gramado (RS) da de 10 x 0.
     Hoje, afirmo: - "Gramado é superior, mas não por esse escore."
     A "Capital das Hortênsias", realmente, é um fenômeno turístico, inclusive, alavancou as vizinhas cidades de Canela e Nova Petrópolis.
    Em matéria de atrações (Natividad, Kikito, Festuris, Desfile de Rua, etc...) está muito acima, também em ornamentações de ruas e lojas.
    É uma cidade preparada para o Turismo. A própria população colabora, com qualquer tipo de informação.
    Realmente, é um orgulho gaúcho.
                    CAMPOS DO JORDÃO
   Inicialmente, parece uma cidade de uma rua só que tem 7 km de extensão, partindo do "Pórtico Monumental", até ao Bairro (Vila) Capivari, coração do Centro Turístico.
    Porém após subir em alguns morros (cerros), observam-se vários bairros que eles chamam de Vila, nas baixadas (panelões), entre os mesmos.
   São muitas Vilas (Bairros), ei-las: Vista Alegre, Isabela, Floresta Negra e Cláudia (antes do Portal) e após, Albertina, Nova Suíça, Santa Cruz, Monte Carlo, Fracalanza, Paulista, Nadir, Abernéssia (coração do Centro Comercial, onde situa-se a Igreja Matriz Santa Terezinha e o Hostel de Campos do Jordão), Jardim Márcia, Alto da Boa Vista, Encantado, Jaguaribe, Vila Inglesa (ponto chic da cidade), Alto do Capivari, Everest, Capivari (coração do Centro Turístico), Véu da Noiva, Recanto Feliz, Pedra do Fogo e Água Santa.
        Aí temos a verdadeira dimensão da cidade que tem 50.852 habitantes (2015) e Gramado tem 32.273 (2015).
                  PRINCIPAIS ATRAÇÕES
      Portal de Entrada, Ducha de Prata, Cervejaria Baden Baden, Palácio Boa Vista, Gruta dos Crioulos, Casa da Xilogravura, Bondinho, Teleférico, Morro do Elefante, Museu do Elefante, Borboletário, Tarundu (A pista de patinação no gelo é uma das maiores do Brasil. Tem também muitas outras atrações + de 30 atividades de lazer. Passa-se o dia lá), Pico de Itapeva, Pedra do Baú (a 25 km), Recanto dos Sonhos, Pesca na Montanha, Museu Felícia Leirner, Amantikir (jardins que falam), Parque da Floresta Encantada, Mosteiro das Monjas Beneditinas, Fábricas de Chocolates.
         Tem também o "Maria Fumaça" que roda 4 km (da Estação Abernéssia até a Emílio Ribas, a do Morro do Elefante - teleférico). Entre baforadas e apitos, traz de volta o encanto das viagens ferroviárias do século passado. Você não pode perder essa emoção.
        Nos mesmos trilhos, outra grande atração é o Bondinho (vermelho e amarelo) que rasga o coração da cidade, desde o Portal Monumental até ao Morro do Elefante. Preço: R$ 14,00 (ida e volta). 
        No segmento dessa linha férrea (47 km), tem os trens da E.F.C.J. (Estrada de Ferro Campos do Jordão) que vão até Pindamonhangaba.
       Em Santo Antônio do Pinhal encontra-se o "Mirante", onde nos dias ensolarados, vislumbram-se as cidades de Taubaté, Tremenbé e Pindamonhangaba.
      Venha viajar pelos trilhos da Mantiqueira.
      Uma sugestão para quem visita "Aparecida", o maior Santuário Católico da América Latina, visite a "Suíça Brasileira", pois dista apenas 1 hora e meia de distância.
               MONUMENTO DO CAVALO
      Um dos pontos mais conhecidos da cidade, situa-se aos pés do Morro do Elefante, no Capivari.
      Trata-se de uma rótula de trânsito e no centro da mesma, num canteiro florido, tem um enorme cavalo de fibra de vidro. Obra do Cavalli.
       Pois em nossas andanças de ônibus, sentei-me ao lado de um cidadão de cabelos grisalhos e não muito bem trajado. Puxou assunto e acabou dizendo que era o autor dessa obra. Cumprimentei-o e fiquei conhecendo o Sr. Cavalli (seu nome está escrito, na pata esquerda do monumento). 
      Dificilmente, conhece-se a obra e o autor. Ficamos contentes.
                    TRANSPORTE URBANO
     Funciona satisfatoriamente e o preço único é de R$ 3,50. Isenção para maiores de 60 anos. (Por esse Brasil afora é 65).
    "Viação na Montanha" é a Empresa que serve a cidade.
     A linha que mais "pinta no pedaço" é a do "Recanto Feliz". Como tem !
                   GASTRONOMIA
     A cidade tem um circuito gastronômico bem diversificado, de alta qualidade. Tem para todos os gostos e bolsos. Não esquecendo que é a Cidade das Trutas (o ano inteiro) e do Pinhão (sazonal).
    Recomendamos a truta, no Mercado Municipal, boa e barata.
    Não sei se a Praça da Alimentação, no Capivari, com seus diversos estandes (barraquinhas), permanece o ano inteiro ou se foi, somente, na Semana de aniversário. É bem interessante.
            TRÂNSITO e SEGURANÇA 
     Normal, embora tudo passe pela longa avenida principal (que tem dois nomes).
     Segurança, nos moldes de Gramado, isto é, tranquila. Caminha-se de dia e de noite, sem sustos e apreensões.       
                         O POVO
     Embora, no feriadão, houvesse um verdadeiro enxame de turistas, contatamos com muitos jordanenses. São gentís, prontos para prestarem quaisquer informações e com aquela simplicidade da gente do interior.  Gostamos muito deles. 
                        HISTÓRIA
       Os primeiros habitantes foram os índios Tamoios, Tupinambás, Tapuias, Goitacazes, Caetés, etc...
       Em 1703, chegou o 1º homem branco, Gaspar Vaz da Cunha, o "Oyaguara": "Lobo Branco" (o atual Grupo de Escoteiros, adotou esse nome).
       1825 - Um dos proprietários das terras foi o Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão.
       1827 - O português Matheus da Costa Pinto comprou "os Campos do Jordão".

        Construiu uma estalagem (pensão), para receber doentes, principalmente, para os males dos pulmões, pois o clima da montanha favorecia a sua cura.
        Ganhando notoriedade, foi crescendo e o Dr. Domingos José de Nogueira Jaguaribe, médico, escritor e deputado, fundou o povoado de "Vila Velha". (1874)
        Em 1891, passou a chamar-se "Vila Velha do Jaguaribe".
        Mais tarde, consolidou-se com o nome de Campos do Jordão. Com o avanço da medicina, a tuberculose, foi erradicada, porém a cidade estava se tornando mais conhecida e frequentada, tornando-se um forte pólo turístico.
      Eu e a Nilda Maria tivemos a felicidade de visitá-la, em plena comemoração dos seus 143 anos. (1874-2017).
      Voltando à comparação entre Gramado e Campos do Jordão, sugerimos o seguinte:
- "Visitem as duas."



Eu não saberia relatar com tamanha fidelidade nossa passagem por Campos do Jordão. Meus relatos são mais históricos, didáticos. Os do Lenio são mais bem humorados e comparativos e isso dá um ar leve à leitura, por isso resolvi mesclar com os meus esses trechos do blog www.fatos100fotos@blogspot.com.br
do companheiro de viagens mais bem humorado que conheço!!!!
Obrigada Lenio!!!