OBRIGADA PELA VISITA!!!!!!

Sei que vc não sabia q eu tinha este blog, resolvi fazer isso para escrever um pouco sobre minhas impressões e experiências. Enquanto estou dando aulas conto muitas histórias... talvez seja para fazer o tempo não fluir tão rápido e assim abraçar o que de melhor aconteceu, reviver, lembrar e sentir novamente a emoção daquele momento.



A arte de contar histórias deve estar no sangue que recebi de minha mãe e de meu pai, ambos me ensinaram a contar histórias e aqui estou eu, escrevendo-as.



Já tenho dois filhos, já plantei várias árvores e agora cumpro com a terceira premissa para me sagrar humana: escrever um livro.



Vou ficar muito feliz se vc deixar uma frase q exprima o que temos em comum, o que nosso encontro o despertou ou ainda sua impressão sobre o que já leu aqui. Seu coração deve falar mais alto...vou aguardar ansiosa.











domingo, 26 de janeiro de 2014

EMOÇÕES, AVENTURAS, HISTÓRIAS e REALIDADES - SÃO LUÍS a NATAL (JAN 2014)


PREPARATIVOS:
   Estávamos apenas em julho de 2013 e os preparativos já rolavam...Pesquisas, contatos, planilhas dos orçamentos, reservas, negociações...Isso tudo prenunciavam uma das mais interessantes viagens que já programamos. Faríamos em 15 dias visitas a praias e lugares inimagináveis... O roteiro trazia nomes interessantes, diferentes, difíceis até de pronunciar. As imagens q pesquisamos nos mostravam paisagens de sonho, de um paraíso aqui. Nossos encontros diários foram momentos para nos alimentar de tudo que desejávamos fazer por lá, o assunto era só A VIAGEM.  Eu sempre atenta a todos os emails, valores, horários, prazos, imagens, locais para compras, hotéis, vantagens, desvantagens, negociações, dicas, listas do que levar, de como ir, do que comer... inumeráveis vezes viajei por lá. 
   A Joselina, decidiu nos acompanhar nessa aventura, isso sei é fruto de uma grande confiança q tem no grupo, pois é bem exigente quanto a roteiros e companhias. Pra nós é motivo de elogio, portanto: Obrigada Amiga Joselina, por confiar em nós e em nossa escolha; também está confirmando nossas decisões. Pode ficar tranquila, faremos jus a essa confiança. As companheiras novas, fariam sua estréia em nosso grupo de viagem. Elas acompanharam quase fielmente todo o roteiro previsto.
    Dá até um frio na barriga pensar em tantos passeios e praias q conhecemos. Algumas delas foram apenas fruto de uma breve olhada e um registro na câmera, nem colocamos os pés... 15 dias é pouco tempo pra conviver em todos os lugares por onde passamos. Em S. Luís há alguns locais recomendados como ir a Alcântara de catamarã, segundo nosso amigo Prof. Alexandre, é um passeio imperdível. Ficamos no Hotel Veleiros na Praia Ponta da Areia em S.Luís (MA) de 02 a 05/01. 
   Seguem dois roteiros: Rota das Emoções de 05 a 12 de janeiro, de São Luís a Fortaleza e a Nossa Rota de 13 a 17 de janeiro, de Fortaleza a Natal. 

ROTA DAS EMOÇÕES 
Escolhida a empresa Santos Transporte Turismo Receptivo  (www.santosturismo.com  ou  reservas@santosturismo.com), R$ 1.750,00/pessoa, com o seguinte roteiro:

05/01 São Luís/Barreirinhas
    Embarque pela manhã em veiculo climatizado com destino à cidade de Barreirinhas (porta de entrada para os Lençóis); duração da viagem 3 horas e meia. Saída pela tarde para passeio em veiculo traçado nas quatro rodas (Toyota bandeirantes) até o começo do Parque Nacional dos grandes Lençóis Maranhenses, em seguida inicio do passeio a pé, com Guia Local para conhecer as principais lagoas e dunas. Volta a cidade às 18h. Pernoite em Barreirinhas com café da manhã.

06/01 Barreirinhas/Caburé:
    Pela manhã às 8h30 Saída até o porto da cidade de Barreirinhas, embarque em lancha voadeira, descendo o Rio Preguiças rumo ao oceano parada na região de Vassouras para visita aos Pequenos Lençóis Maranhenses e conhecer a fauna local na barraca tenda dos macacos; segunda parada no povoado de Mandacaru, pequena comunidade de pescadores, onde é Possível subir no farol da marinha para desfrutar de uma vista encantadora dos lençóis Maranhenses, e do Rio Preguiças entrando no oceano e da imensa floresta nativa; enfim chegada à praia e Caburé para almoçar (almoço não incluído) e tomar banho de rio ou de mar. Pernoite em Caburé.

07/01 Caburé/Parnaíba:
    Pela manhã, as 10h saída Transfer Off-Road, Caburé – Parnaíba, em jipe 4x4 com ar, passando por trilhas na praia, dunas, “Oásis de Rio Novo” nos Pequenos Lençóis, Paulino Neves inicio dos Pequenos Lençóis Maranhenses, Tutóia velha, Lagoinha com parada para banho e refeição, “Não Incluído” Barro Duro, Cana Brava e Ponte de Jandira divisa MA/PI *Pernoite em Parnaíba, com ar, tv, frigobar, banho quente e café manhã;

08/01 Parnaíba DELTA:
    Após o café da manhã, as 09h saída para passeio de lancha voadeira no Delta para visita na Ilha Canárias, Ilha dos Poldros, igarapé dos periquitos e Morro Branco; duração do passeio 4 horas incluindo paradas para banho e fotos. Após almoço passeio com veiculo 4X4 pelas belas praias de Luís Correia: Atalaia, Coqueiro, Carnaubinha e na Lagoa do Portinho. Pernoite em Parnaíba, com café da manhã.

09/01 Parnaíba/Jericoacoara
     De acordo com a maré, sairemos rumo a Jericoacoara pelos 130 km de asfalto até a balsa, na foz do Rio Coreaú em Camocim, com a qual atravessaremos até as brancas dunas e as carnaúbas da Ilha do Amor. O 4x4 seguirá a beiramar até a praia de Tatajuba. Poderemos descer a duna do Funil usando pranchas de sandboard alugadas no local (não incluso). Já no Lago da Torta nos deliciaremos com as redinhas na água e com o frutos-do-mar do curioso cardápio "ao vivo" do restaurante do Didi.
A segunda travessia em balsa ocorrerá na Praia de Guriú, com seu canal de águas verdes e o cemitério de árvores de mangue. Seguiremos a beira-mar até Jericoacoara a tempo de apreciar o pôr-do-sol na famosa duna de mesmo nome, ritual diário dos moradores e visitantes do lugar. O pernoite em Jericoacoara dará chance de apreciarmos a vida noturna da vila, seus restaurantes, lojas e bares. Pernoite em Jericoacoara com café da manhã.

10/01 Jericoacoara
    Pela manhã às 09h Passeio em Bugre passando por Trilhas de muita emoção até a chegada à Pedra Furada, depois seguiremos até a Lagoa do paraíso onde é possível banho em águas cristalinas da lagoa depois do almoço um belo descanso nas redes que ficam sob a água, no fim da tarde retorno a Jericoacoara com café da manhã.

11/01 Jericoacoara Dia Livre:
    Reservamos esse dia para Jericoacoara, ótima para caminhadas leves por suas ruas de areia repleta de lojinhas. Pode-se ainda fazer passeios às redondezas em quadriciclos, carroça ou cavalos, “opcional” além do excelente banho de mar, principalmente na Praia da Malhada, que possui pequenas "banheiras" de água morna formadas nas pedras. Se preferir, apenas deite-se nas espreguiçadeiras e deixe o tempo passar por você.

12/01 Jericoacoara/Fortaleza:
   Pelas 09h manhã seguimos em veiculo climatizado via asfalto até a cidade de Fortaleza. Pernoite em Fortaleza, Hotel Praia Suites, Praia de Iracema.

    O segundo roteiro é o do passeio desde Fortaleza até Canoa Quebrada, de Hilux marcado para 13/01, às 8h.
NOSSA ROTA:
    Serviço da empresa SUN TRIP ADVENTURE,www.suntrip.tur.br contato@suntrip.tur.br, Fortaleza, através de uma das companheiras. 
Dia 13/01: Saída de Fortaleza conforme a maré; seguimos percorrendo as belíssimas praias de Prainha, do Presídio, Iguape, Barro Preto, Batoque, Balbino, Caponga e Águas Belas. Faremos uma pequena parada para atravessar o rio Malcozinhado (balsa) e depois continuamos nosso passeio conhecendo as praias de Barra Velha, Barra Nova (balsa) e a famosa praia de Morro Branco, onde revi o típico artesanato da região que inclui as famosas garrafinhas de areia colorida além de uma caminhada através do labirinto de falésias. Em seguida, continuamos nosso passeio até a paradisíaca praia das Fontes. Após um breve descanso demos continuidade conhecendo as praias do Diogo, Uruaú, Barra da Sucatinga, Piquiri, Ariós, Prainha do Canto Verde, Paraíso e Parajuru. Seguimos pela CE – 040 até a mística praia de Canoa Quebrada, onde almoçamos. Após conhecer um pouco das belezas desta praia saímos em direção à Fortaleza, a duração da viagem é em torno de 2 horas e 30 minutos. Pernoite.

Dia 14/01: Fortaleza, dia livre, passeio até a Praia do Futuro, Shopping Aldeota, à noite, partimos para Natal, Hostel Verdes Mares – Natal.

Dia 15/01: Natal, fomos dar um beijo no mar verdinho da Praia de Ponta Negra pela manhã, Citytour à tarde ($ 50,00/pessoa saída 8h, volta 19h).

Dia 16/01: Passeio a Genipabu/Jenipabu de bugre (R$ 100,00/pessoa, dia inteiro), com visita ao Aquario na Praia da Redinha, Santa Rita, Genipabu, Barra do Rio, Gracandú, Lagoa de Pitangui, Porto Mirim e Lagoa de Jacumã, parque das dunas onde estão os dromedários, volta pela rodovia às 16h. 00h saída para aeroporto, voltamos ao Hostel.
Dia 17/01 - 01h55 embarque da volta. 


SENHOR DEUS, OBRIGADA POR MAIS ESSE PRESENTE!!!!!!





     Os roteiros acima foram cumpridos 80%. Nesses relatos vou comentar temas como:
- temperatura, marés, turismo receptivo, preços, comidas, bebidas, artesanatos, hospitalidade do ludovicense, do piauiense, do cearense e do potiguar; políticas públicas x política partidária, pobreza x miséria, Folclore (crença e cultura) nordestino.

TEMPERATURA:
   Em cada cidade o sol nos esperava de braços abertos. Nos 3 dias em S.Luís o encanto foi a brisa fresquinha o dia todo, deixando os passeios agradáveis e sensação térmica de 25°. Saímos de S.Luís com o um carro sedan e ar condicionado apertado para 4 pessoas com bagagens. Em Barreirinhas, o sol estava mais forte, talvez pq a brisa enfraqueceu...era difícil caminhar onde não tinha sombra.

Rio Preguiças, ao fundo as docas e o centro de Barreirinhas-Ma
Voadeira em ação


Docas das voadeiras













Os barcos ancorados me lembraram Veneza.
 À noite o deck do Rio Preguiças se encheu de turista, música típica e sons alegres nas mesas lotadas de clientes.




Jo nas Docas

Roteiro a partir de Barreirinhas-Ma
Embarcando para ir até Caburé
Seguimos de barco (com as malas e superlotação)  a Caburé, passando em Vassouras (Pequenos Lençóis) e Mandacaru (Farol). O sol a pino, não deu folga. Havia o vento do movimento do barco q amenizava um pouco.



Voadeira em alta velocidade

Chegando em Vassouras (Pequenos Lençóis), 1ª parada

Artesanato em Vassouras

Banho no Rio Preguiças ao lado das dunas






Pequenos Lençóis

Farol de Mandacaru - 2ª parada



Subindo no Farol 
Vista do Farol - ao fundo dunas de Caburé











Cabanas da Pousada Caburé, Rio Preguiças ao fundo

Nossa cabana
       Chegamos a Caburé (Pequenos Lençóis) na hora do almoço, ocupamos uma cabana com nossas malas e almoçamos. O céu estava limpo, fomos beijar o mar, catar conchas e caminhar pela praia... imensidão!!!!! às 16h fomos fazer um passeio até a foz do Rio Preguiças encontrando com o mar, uma maravilha; esse passeio foi contratado com um barqueiro q não tinha salva-vidas... as 4 estavam como bode na canoa, assustadas, desconfiadas... foi tenso. Ainda bem que voltamos sãs e salvas!!!!! À noite respingos de chuva, na madrugada chuva torrencial... precedida de uma tempestade de areia. Foi algo inusitado para as 4 companheiras. A temperatura caiu e precisamos nos cobrir... mas os lençóis estavam molhados pois havia goteiras q nos forçaram arredar as camas para fugir das brechas do telhado... foi hilário!!!! Luz elétrica é luxo, só até às 22h20, se precisássemos nos deram duas velas, as quais nos serviram para localizar as goteiras... e aonde levar as camas?? A manhã seguinte um sol forte nos acordou pelas frestas da janela. O chão lá fora molhado, temperatura amena, céu de brigadeiro.


Saída para a praia








Conchas da Praia em Caburé


 


   








Trajeto pela praia deserta, imensa -  Lençóis Maranhenses.
     No dia seguinte, o Sr (não me lembro seu nome) proprietário de uma Pousada em Tutóia, nos levou em sua Hilux até Vila Parnaíba-PI, céu aberto, 28°. O trajeto foi maior parte pela praia, passamos pela Praia dos Tocos, parecendo q ali já houve um mangue e hj só raízes com os tocos à vista, até passar uma balsa. Teria q ser com o maré baixa, senão não passava. Antes da balsa paramos nas dunas dos Pequenos Lençõis. a Hilux subiu um pequeno morro e lá de cima pudemos registrar como são extensas essas dunas. A grande diferença é q  elas são areias amareladas, enquanto os Grandes Lençóis são areias brancas.
Praia dos Tocos - Paulino Neves-Ma.
Vista dos Pequenos Lençóis próximo ao mar.




Euzinha em meio àquelas dunas

pezinhos registrando presença nos Pequenos Lençóis










A Hilux q nos levou de Caburé-Ma a Vila Parnaíba-PI


    Conforme o roteiro fomos pela praia até um trecho da rodovia q nos leva a Tutóia-MA, nesse local há o Delta das Américas q é uma grande parte do Delta do Rio Parnaíba dentro do estado do Maranhão, somente para não confundir com o Delta do Paranaíba no Piauí, mas conferindo no mapa vemos quão grande o Delta do Rio Paraníba é, explicou-nos o guia.























Pau de Arara 





     Chegamos à Parnaíba à tardinha. O Hotel Portal dos Ventos -http://www.hotelportaldosventos.com.br/v2011/  , 3 estrelas,
Igreja na Cidade Histórica





Vista do Centro Histórico  e Lojas de Artesanato 





 fica fora do centro histórico, na parte mais moderna da cidade, logo na entrada. Pedimos um táxi e saímos à noite, pós chuva, muitos insetos em volta das lâmpadas nas ruas, sensação de 30°, ruas alagadas, sem brisa. Voltamos e fomos a uma Cantina próxima ao Hotel para jantar.


 O passeio do dia seguinte foi ao Delta do Parnaíba.



   No caminho encontramos muitas carnaubeiras e isso merece um comentário: Carnaúbas plantas nativas, árvores milenares e resistentes ao solo árido e ao sol equatorial, nascem e se reproduzem naturalmente e são aproveitadas suas folhas que secas e moídas se transformam em pó, depois a cera usada em vários tipos de isolamentos. Suas principais vantagens  são boa disponibilidade da abundância de matéria prima no mercado interno, a dureza satisfatória (maior que o poliuretano, o q torna o processo mais estável e com menos vibrações, dando maior precisão geométrica aos cascos dos navios) e a resistência para isolamentos na montagem dos computadores, a baixa capacidade térmica (aquecimento) durante usinagem, a propriedade autolubrificante (q reduz o desgaste da ferramenta) a flexibilidade do material ( q diminui as quebras dos protótipos).  É a árvore-símbolo do Estado do Ceará, conhecida como "árvore da vida", pois oferece uma infinidade de usos ao homem: as raízes têm uso medicinal como eficiente diurético; os frutos são um rico nutriente para a ração animal; o tronco é madeira de qualidade para construções; as palhas servem para a produção artesanal, adubação do solo e extração de cera de carnaúba, um insumo valioso que entra na composição de diversos produtos industriais como cosméticos, cápsulas de remédios, componentes eletronicos, produtos alimentícios, ceras polidoras e revestimentos.
Barco q faz o passeio no Delta para 60 pessoas.

Porto em Tatus- Rio Parnaíba, lanchas q fazem o passeio para 4 pessoas.

   Dia claro, 35°, em Tatus pegamos a voadora com motor de 60HP para o passeio. Simplesmente maravilhoso!!!!! O piloto-guia nos contava histórias, mostrou o mangue, entrou em braços menores do Rio, paisagens deslumbrantes!!!!


Guia da Voadeira no Delta.







Pés no Rio Parnaíba.




Linda paisagem as dunas e do Rio Parnaíba-PI
 










Na ida paramos nas dunas, ao lado do Rio Parnaíba.









Seguimos até o mar pelo braço do Rio q aparece na extrema direita da foto


Ao fundo o encontro do rio com o mar e os barcos
ancorados no banco de areia q se forma.
Joselina aproveitando a brisa, banco de areia próximo ao encontro com o mar
Olhem ao fundo o mar encontrando o rio, ondas, água salgada.
   Fomos por um braço do Delta do Rio Parnaíba, no encontro com o mar, com banco de areias brancas... tomamos um belo banho e voltamos. O sol baixou, choveu, mas o calor continuava. Na volta, paramos  nas Ilhas Canárias para almoço.

Ilhas Canarias, onde paramos para almoçar.







Voltando para o Porto de Tatus-Parnaíba- PI




   Dia seguinte seguimos para Jericoacoara com o Sr. George numa caminhonete Nissan XTerra com ar condicionado.



   Passamos num viveiro de cavalos marinhos, em pleno Parque Estadual de Jericoacoara. Fomos de barco, eu e a Jo, vivemos um momento interessante vendo como eles sao delicados, e mais, os machos é q ficam grávidos, de 600 filhotes... show né???
  Chegamos em Jeri às 17h no momento do por-do-sol. Voltamos rápido para as dunas mas nuvens impediram o sol de tocar o mar.

 As noites em Jeri são agitadas, movimentadas, muita gente visitando as lojas, muitos turistas de todos os lugares do planeta, As ruas de areia, são um convite a andar descalços ou de chinelos. Algumas lojas possuem piso em areia peneirada q com o ar condicionado ficam agradáveis para pisar... sem chinelos.


    Em Jeri os 3 dias foram de sol, temperatura de 30 a 35°, mas com a brisa eterna, noite e dia!!!!!!


   De Jeri fomos a Fortaleza, com a Hilux do Keiton (segundo ele, o seu nome deveria ser Kleiton, mas o cartorário se enganou) também com ar condicionado, uma parte pela praia, e a maior pela rodovia. Em Fortaleza, às 14h o sol ardia...com 35° nos acomodamos no 17º andar do Plaza Suites, praia de Iracema. Os dois dias passeando nos fez sentir como moramos num lugar abençoado, onde à noitinha um ar fresquinho nos permite dormir melhor. O dia seguinte a empresa Sun Trip nos levou a Canoa Quebrada em Hilux, pelas praias. O ar condicionado foi substituído pela brisa natural pois pela praia ela é mais forte. Passamos por várias praias, em Morro Branco descemos para visitar as falésias, o sol estava a pino, perto das 11h, 35°. Seguimos a Canoa Quebrada, onde paramos para almoçar e tirar fotos. Voltamos em seguida, pela rodovia. O passeio foi rápido, sem banho de mar... Não recomendo passeio como esse. Em Fortaleza a brisa era mais forte, amenizou bastante os 35° do dia seguinte. Fomos até a Praia do Futuro, Mercado Central e Ponte dos Ingleses, de táxi. O calor forte nos levou ao Shopping Aldeota, único lugar mais fresco...


 Voltamos ao Hotel, pegamos nossa bagagem e seguimos para o aeroporto com destino a Natal. às 23h estávamos chegando no Hostel Verdes Mares, Praia de Ponta Negra, os 35° nos acompanhou... Dia seguinte, manhã quente, passeio a Genipabu, de bugre, muito vento, sol forte, areia, praias mas banho de mar somente em Maraú, Praia de Jacumã, onde almoçamos. No bugre não parecia q o sol estava tão forte, realmente a gente se bronzeia sem perceber... No dia seguinte fizemos o citytour desde às 10h, voltamos às 18h, brisa constante nos 30° da noite. Passeio até o Shopping de Artesanato Vilarte para ouvir o xaxado e seguir ao aeroporto às 00h, voltando pra casa.
    Para sobreviver às temperaturas altas, durante à noite o grupo foi dividido: eu não gosto de ar condicionado constante, não estou acostumada, portanto sempre acordava e desligava o ar, ligava o ventilador de teto abrindo as janelas. Assim, voltava a dormir... As outras colegas preferiam o ar condicionado. Somente em Fortaleza ficaram em quartos separados, aliviando a crise q isso causou. A minha companheira de quarto, Joselina, não reclamou, mas sei q ela preferia ficar com o ar todo o tempo... enfim, fomos nos suportando.
     Esse é um item importante em viagens longas, principalmente quando não nos conhecemos...precisa ser discutido antes como será resolvido o caso da temperatura, caso contrário cria clima tempestuoso durante a viagem...

MARÉS:
   Parece ser um assunto tão sem graça... afinal, por que as marés causam tanta mudança na vida de alguns lugares?????
    Estávamos em S.Luís, chegamos às 3h da manhã, fomos de táxi até o Hotel Veleiros, Praia Ponta da Areia. Até chegarmos ao Hotel o motorista (Sr. Manuel)  foi nos contando histórias... A primeira coisa q fez foi nos demover de visitar Alcântara, uma cidade q fica no outro lado do braço de mar q avança na Ilha de S.Luís. Durante os passeios eu sempre ia no banco da frente, conversando sem parar, perguntando, provocando as histórias... Primeiro ele em uma curta e curiosa explicação nos mostrou como era a Ilha de São Luís. Chamou-me para olhar o volante do taxi: está vendo essa parte do eixo central? Então aqui seria o braço de mar q avança na Ilha, hj está 80% avançado. O restante da Ilha está dividida em mais 4 municípios: Raposa, S.José do Ribamar, Piranhenga, Maracanã. Enquanto atravessávamos a ponte q ligava a área central da cidade à área moderna, Ponte José Sarney, ele pediu q observássemos o rio, q naquele momento estava seco. Podíamos passar a pés secos de uma margem à outra, ali deveria ter uns 300 metros. Seguimos ao Hotel pois estávamos cansadas. Ao chegarmos no Hotel Veleiros o Sr. Manuel teve uma séria conversa conosco. Bem, disse ele, pra ir até Alcântara vcs devem levantar muito cedo, passar o braço do mar até às 7h, na balsa q sai do porto e só volta às 20h, com a maré alta. Não vimos problema em levantarmos cedo, porém, ele acrescentou, o barco atravessa as ondas altas e vcs podem enjoar. Isso foi o suficiente para as todas desistirem. Ao invés disso, continuou ele, eu posso levá-las conhecer os arredores de São Luís, as praias, q com certeza não serão vistas no citytour q farão pela agência. Então nos convencemos a marcar o passeio com ele para às 8h. Saímos em direção ao Centro, ao passarmos pela Ponte José Sarney notamos q a maré estava alta, muito diferente do q tínhamos visto ao chegarmos às 3h da manhã. Aí ele nos explicou: a cada 6h a maré sobe e em seguida baixa, levando mais 6h. Cada dia aumenta em 15m da hora de cada maré. Ouvimos atentamente sua explicação imaginando como seria isso... E é o q acontece diariamente. O Sr. Manuel nos levou até a praia do Araçagi, em 6h de passeio.
    São Luís tem uma das maiores variações de maré do mundo, chegando até a 8 metros. A variação é favorecida pela proximidade com a linha do Equador e também pela topografia com declives suaves em todo o litoral.
    Houve um incidente exatamente dia 01/jan/2014, nas praias do Araçagi e Praia do Meio, onde os carros entraram e estacionaram diretamente da areia ao lado das barracas. Durante o tempo q as pessoas estão lá brincando, bebendo não percebem q a maré vai subindo e como é um trecho largo, muitos carros estacionam. Ao tentar sair só tem algumas áreas de acesso, não houve tempo para a retirada de todos os carros, a maré veio, avançou sobre eles, danificando-os completamente, com perda total e sem direito ao seguro, q nesses casos não cobre os danos, cfe. notícia veiculada em vários jornais nacionais. A maré faz parte constante da vida do povo de São Luís ou ludovicense, ou ainda, são luisense, como se tratam.
Vejam a reportagem:
 http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/01/carros-sao-engolidos-pelo-mar-em-praias-de-sao-luis.html
    Naquela mesma noite resolvemos jantar na orla da Praia Ponta da Areia. Fomos até um restaurante próximo ao Hotel q servia caldos, provei o de frango e no dia seguinte o de legumes. Não tive coragem de comer o de camarão com macaxeira, mas uma das colegas arriscou e passou mal... Apesar disso estava muito bem feito, com tempero delicioso, porém é algo pesado pra nossos costumes. Ao voltarmos para o Hotel surpreendi-me com o mar batendo na calçada...Fiz o motorista do táxi parar e fui até lá ver de pertinho. Realmente, as ondas quebravam na calçada dos restaurantes, ondas altas, respingavam até a rua.      Como é possível pela manhã o chão de areia de quase 300 metros de extensão por 15 km ou mais serem engolidos pelas ondas da maré q sobe devagar, silenciosa e nos arrebata, durante a noite. Se houve algo q me impressionou foi o movimento das marés no Maranhão. Valeu muito conhecer esse fenômeno.

   Curiosidade: os ludovicenses surgiram de Ludovico, do germânico "Holdoviko", "hold"- ilustre, "wig"- batalha ou santuário, originando em francês o antropônimo Louis, em português Luís acrescido do "ense" aquele q nasce. Os ludovicenses tem rica cultura, adoram o lazer na praia e os festejos juninos.

    As marés em Barreirinhas, Vila Parnaíba, Jericoacoara, Fortaleza e Natal não eram tão notáveis como em São Luís, mas ainda no Maranhão podíamos perceber q o povo respeitava muito o movimento pois elas faziam grande diferença quando altas.

TURISMO RECEPTIVO:
   Compramos pacotes com 6 empresas pra fazer esse roteiro. A empresa Santos Turismo, sediada em Barreirinhas fez os 8 dias de São Luís a Barreirinhas, Vila Parnaíba e Fortaleza. Em Vila Parnaíba, pegamos um taxi para ir até ao Centro ver os Artesanatos. Em Fortaleza usamos os serviços da Sun Trip Adventure, em Fortaleza usamos um taxi para ir à Praia do Futuro e Mercado Central, em Natal a empresa Marazul para o Citytour e outra empresa recomendada pelo Hostel Verdes Mares para ir a Genipabu de bugre.
     A qualidade desses serviços ficou muito aquém das nossa expectativas. Sempre que éramos recebidas, as pessoas nos informavam o roteiro, mas não o cumpriram como estava estabelecido. Alguma coisa não funcionava bem... ou o local estava fechado, ou a praia não chegava, ou a estrada estava bloqueada, ou o transfer atrasava, ou a maré não permitia, ou...ou...ou... As regiões possuem atrativos espetaculares, mas o pessoal não tem treinamento, fazem o serviço pq tem demanda e não há outro pra fazer... o turista tem q engolir...
    Não tivemos desgostos, ainda bem!!!! Mas houve um contratempo q preciso registrar. Nosso Hotel em Fortaleza era um e ficamos em outro, sem nos avisarem. A agência Santos Turismo não repassou o vlr. para o Hotel combinado e fez reserva em outro Hotel da mesma rede. Sem problema quanto à qualidade do Hotel, porém, ficamos mais afastadas do q pensávamos quanto aos lugares q pretendíamos visitar. Além do que, tivemos um contratempo na chegada ao Hotel: como Ag. Santos Turismo não repassou o vlr. das reservas ao Hotel em nossa chegada fomos cobradas do vlr. para o check in. Em alguns minutos não tínhamos reserva. Fizemos uma ligação para a Agência o q ouvimos foi q devíamos pagar e seríamos ressarcidas... Isso é o fim!!!!! O hóspede paga tudo antecipado e ao chegar precisa fazer novo depósito para depois resolver. Então eu tomei o telefone e pedi q o responsável resolvesse sem nos envolver. Em alguns minutos o guia q nos trouxe voltou, pagou o vlr. e foi embora. Pudemos nos hospedar. Complicado lidar com profissionais assim. Na verdade há um despreparo evidente em toda a rede turística, hoteleira, de lazer e comercial em Fortaleza, assim como em São Luís. Penso q os estados estão despertando para uma realidade onde entenderam o quanto o turismo traz de divisas. Antigamente somente os estrangeiros visitavam esses rincões, pagavam pouco pra ver tanta maravilha...Hj o brasileiro descobriu, é maltratado, paga mas não recebe atenção e consideração ou conforto e tem q se conformar. Enfim, o estrangeiro está visitando lugares onde os brasileiros não chegam, onde os índios protegem para ficarem com os dólares. Onde há hotéis e embarcações para passeios é caro, para o brasileiro pagar. Quando chegamos aos hotéis reservados, as reservas existiam, mas não havia nenhuma informação do q iria acontecer conosco, ou quando ou com quem. Após chegarmos, éramos entregues feitos pacotes para os hotéis e os transfers iam embora sem nos avisar qual agência iria continuar os serviços. Entrávamos nos hotéis, assinávamos as fichas e íamos para o apartamento aguardar instruções... parecia uma gincana, alguém ia ligar, mas às vezes, só no dia seguinte. Não recebíamos nenhum mapa da região, ou do local pra conhecermos, ou ainda, um mísero bilhete dizendo Olá, senhoras, sejam bem vindas!!!!! Aqui temos....   ou ..... ou..... pra vcs fazerem até às ....horas quando então iremos para..... Foi muito interessante essa falha, fez-nos perceber o quanto os viajantes precisam de referências, afinal, éramos de outra região, precisávamos levar uma boa impressão, mas não houve tal preocupação. O turismo no nordeste (Ma, Ce, Rn) não pode ser considerado insípido, eles sempre tiveram as melhores praias, cultura, frutas, danças, comidas típicas características deliciosas para atuarem timidamente e com isso desvalorizarem seus serviços e os passeios possíveis.
    Na verdade não há culpados, nem as agências iniciantes ou as terceirizadas, mas um complexo de serviços, q iniciam com o atendimento de fechamento desses pacotes e culminam no despreparo dos hotéis e prefeituras q não possuem ao menos mapas das regiões. Juntando tudo, é deprimente chegar e ser assim tão mal recebidos!!!!! O q compensa é quando o passeio acontece, é tão maravilhoso q muitas vezes nos esquecemos dos desgostos... Acho q isso esconde um pouco a falta de treinamento dos prestadores de serviços turísticos na região. Penso em encaminhar um link deste blog para as Prefeituras das cidades q pernoitamos para serem notificadas q através da boa vontade e profissionalização podem melhorar. Eu não recomendo grande parte dos passeios q fizemos, foram interessantes mas cansativos pelo descaso e falta de profissionalismo.
    O passeio pela Sun Trip Adventure, ficou a desejar no tocante ao roteiro de Fortaleza a Canoa quebrada. O guia (motorista e proprietário da empresa) nos ofereceu uma parada em Aquiraz, local onde há artesanato típico, da melhor qualidade, mas não comentou isso, apenas disse q lá existia um centro de artesanato, sem evidenciar q não existe outro tão interessante. Escolhemos ir direto a Canoa quebrada. Durante 3h a Hilux dirigiu pelas praias da região, vimos pela janela do carro os nomes das praias, algumas paisagens onde várias casas estavam próximas da praia e se desmontavam pela ação da maré. A viagem foi cansativa pois chegamos em Canoa Quebrada na hora do almoço, famintas, cansadas, mas nem ao menos um banho de mar pudemos pois o restaurante estava apinhado de gente, demorou para servir e ainda não havia tempo para banho uma vez q já estávamos partindo, via rodovia para Fortaleza. O calor sufocante não nos deu escolha, ou era isso, ou ficar no sol escaldante. O horário tinha q ser cumprido e estávamos de volta à Fortaleza às 18h. Essa Agencia não oferece um passeio, apenas uma viagem. Não recomendo.
      A Marazul, em Natal tem dois roteiros de citytour um pela manhã, feito de van, com destino ao litoral sul, praia de Pirangi, Cajueiro e centro, outro à tarde, indo até a Praia da Redinha, Forte dos Reis Magos (q estava fechado por ser segunda feira), Aquário, centro histórico e Praias centrais. Não nos foi dito q ir ao cajueiro só pela manhã e sobre o Forte dos Reis Magos o guia nos descreveu, sem permissão de entrar pq estava fechado... deprimente!!! Bem, eu já conhecia, lamentei pois a colega q estava junto não visitou. A empresa q nos ofereceu o passeio a Genipabu quase não nos levou, houve a exigência de sermos 4 pessoas, pagantes. Ou melhor o frete era R$ 440,00 (se fôssemos em 3 pagaríamos o mesmo preço, ficando mais caro pra cada uma), o pior é q uma das colegas não foi, então... aceitamos outra pessoa para completar a carga... O passeio é bonito, mas muuuuuiiiito cansativo pelo sol, vento, areia, desconforto do bugre, jogadas, curvas, falta de apoio, sem proteção do sol. Só paramos às 13h para almoço, voltamos pela rodovia, maior parte, sob o sol das 16 às 17h.Tem muitos atrativos, mas devia ter um aparador do sol para os ocupantes do banco traseiro, ou ainda recomendar maior proteção. É um passeio para se fazer apenas uma vez. Merchandising direto... na parada dos camelos, no skibunda, no cabo aéreo, no restaurante... ou paga ou fica sob o sol vendo os outros passearem. UFA!!!!!

    As paisagens, todas deslumbrantes, indefinidamente... Obrigada Senhor, sempre o Senhor, oferecendo a melhor parte!!!!!!

CUSTO DE VIDA, FRUTAS, COMIDAS TÍPICAS, ARTESANATOS:
    O custo de vida no Brasil não é caro, ainda mais quando comparamos com o da Argentina (peso argentino), ou do Paraguay (guarani). Ainda é mais barato passear e viver aqui do q em alguns países sul americanos. A alimentação, transportes urbanos, táxis, passeios, estão com preços módicos, pouco maiores dos praticados nas capitais do sul do Brasil. O pacote de oito dias da Rota  das Emoções foi parcelado no cartão de crédito (10 parcelas de R$ 175,00 ou entrada de R$ 500,00 mais 4 depósitos de R$ 416,00)  com quitação antecipada ao passeio. O pacote da empresa Sun Trip Adventures, para Canoa Quebrada, de R$ 650,00 ou R$ 162,50/pessoa, foi pago integralmente na ocasião do fechamento. O passeio de bugre, em Natal foi preço tabelado para os bugres credenciados: R$ 110,00/pessoa assim como o citytour em Natal no vlr. de R$ 50,00. Compramos passagem aérea entre Fortaleza e Natal, nos beneficiando quanto ao tempo, vlr. R$ 150,00/pessoa. Cada almoço foi em média R$ 25,00/pessoa. Provamos pratos típicos, comemos bem, sendo peixe o básico, até lagosta provamos. As frutas já não são tão desconhecidas, temos aqui algumas polpas, o inusitado foi conhecer as frutas ao vivo: cajá, graviola, seriguela, buriti, cupuaçu, bacuri (pitanga), pequi, jaca, jenipapo, murici, sapoti, coco verde, juçara (açaí), jenipapo, caju, mangaba, acerola, abricó. Os cremes servidos nas sorveterias acompanham essa variedade, um dos mais deliciosos foi o de tapioca. Quando a gente pede suco precisa evidenciar q é com água, para eles, suco é vitamina, feito com leite. O lanche mais comum nas barracas é a tapioca com doce de leite, ou coco, leite condensado, barata e alimenta. A macaxeira (aipim) frita, como petisco ou servido em caldos com camarão ou peixe é muito apreciada, porém sentimos q é rara nos restaurantes, sabem por quê????? O povo de lá não se preocupa em cultivá-la mais, agora só esperam pelo cartão-filho (R$ 2.800,00 por nascimento de cada filho) q a Tia Dilma criou... UMA VERGONHA NACIONAL!!!!!!!! No Mercado Municipal encontramos a cachaça nordestina, camarão seco, castanha do Pará e de Caju, óleo de dendê, além de artigos de couro, frutas diversas, restaurantes; tem aspecto curioso, como se estivesse completamente abandonado. De São Luís fomos a Barreirinhas, às margens do Rio Preguiças, caminho dos Lençóis, fizemos um lanche à noite em Barreirinhas, pastéis artesanais, muito bom e barato: 10 mini pastéis por R$ 7,00. Esse trecho do roteiro fazia parte do pacote, só pagamos nossa alimentação, foi em torno de R$ 46,00 (almoço e jantar) em Caburé. depois o almoço no Lago da Torta, onde primeiro vimos as redinhas na água. Pedimos um peixe inteiro assado para 4, muito bom!!!!! Preço R$ 22,00 por pessoa. Em Jeri, havia uma barraca em frente à Pousada do Tadeu, onde ficamos, bem central. Ali jantávamos; tinha de tudo, bolos, pastéis de diversos sabores, por R$ 8,00. Depois caminhávamos pelas ruelas entrando e saindo das lojinhas apinhadas de gente ou íamos apreciar as bijuterias expostas nas barracas perto da praça central. Fizemos o passeio de charrete (carroça) até o alto pra ver a Pedra Furada. Dizem q em junho o por do sol acontece bem no meio do furo dela. Poderíamos descer para apreciar e fotografar melhor... mas só em olhar de cima não dava coragem, era muito alto. Nenhuma se arriscou. Tiramos fotos, pelo olhar do Pablo, o piloto da charrete, garoto de 13 anos. Segundo ele, era fotógrafo, mas ninguém sabia... As fotos ficaram realmente muito boas. Compramos saídas de banho rendadas de artesãs locais em plena praia, muito lindas!!!Fizemos um passeio de bugre até duas Lagoas famosas, passando pelo Parque Natural de Jericoacoara até Lagoa Paraíso e Lagoa Azul, na primeira almoçamos com a vista maravilhosa da Lagoa Paraíso (R$ 25,00/pessoa); demos uma passada rápida para fotos na Lagoa Azul. No dia seguinte fomos para Fortaleza, chegamos no início da tardinha visitamos a Feira do Meirelles, milhões de artesanatos, comida: tapioca de carne seca...hmmmmmmmmm, com preços realmente convidativos. Voltamos tarde, cansadas...
   Na manhã seguinte fomos a Canoa Quebrada, almoçamos lagosta por R$ 80,00/pessoa, por 6 lagostas partidas, pirão de camarão, arroz, salada. Eu aprovei. Fizemos compras nas lojinhas da Strip (rua de comércio) e voltamos para Fortaleza. Visitamos o Mercado Central onde há muita variedade de lojas e artigos típicos, um verdadeiro oásis de rendas, comidas, roupas, calçados, bolsas, cintos, chaveiros, lembrancinhas e lembrançonas...  Visita imperdível!!!!! Voamos para Natal naquela noite.
    Em Natal, fomos até a Praia de Ponta Negra dar um beijo no mar... estava quentinho, delicioso!!!!! Caminhamos ao longo da praia, comprei uma canga de Natal, por R$ 23,00. Consegui abatimento de R$ 3,00, somente. Almoçamos na praia, a quentinha veio direto da cozinha, a barraca só repassava os pratos e servia água de coco. Saímos da praia às 14h, o sol muito quente não permitia maiores exposições. À tarde o citytour, R$ 50,00/pessoa, por 4 h de passeio, das 14h às 18h, pela Marazul, serviço com guia, mas q não passou onde queríamos. Dia seguinte: passeio de bugre a Genipabu, R$ 110,00/pessoa numa lotação máxima de 1 pessoa na frente do bugre e 3 penduradas atrás!!!!! Não repetirei, é o típico passeio q se faz apenas uma vez na vida!!!!! Enjoa e cansa.
   O almoço do passeio de bugre foi num restaurante na praia de Muriú, pedimos peixe novamente. Antes do almoço eu tomei um banho de mar, água limpa, morna, verde... refrescou bem. Voltamos pela rodovia, em uma hora chegamos à cidade. No Hostel, tudo pronto para sairmos às 00h ao aeroporto, táxi por R$ 25,00/pessoa.
   Belo passeio, belas compras, belas fotos... muito a relembrar!!!!!!!

HOSPITALIDADE:
    Com certeza, nós do Sul, temos muito a aprender com os nordestinos. Tenho que citar um artigo de Sinara Rafaela Campos graduanda do quarto período de Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora e sua Professora Orientadora/Colaboradora Luciana Bittencurt Villela (Chefe do departamento de Turismo e Docente em Teoria Geral do Turismo e Planejamento Ambiental na Universidade Federal de Juiz de Fora – Minas Gerais). Contato: sinara@mgconecta.com.br quando discorre sobre a origem do termo HOSPITALIDADE:
  "A palavra Hospitalidade, ou melhor, o ato de hospedar, acolher o outro, agregá-lo a uma sociedade que difere de suas origens; surgiu antes mesmo do aparecimento do Turismo. ... Antigamente, a hospitalidade designava hospedagem gratuita que era oferecida aos viajantes, hoje devido a novos acontecimentos, tais como o capitalismo, a industrialização, o desenvolvimento técnico e científico e outros, a definição de hospitalidade, no decorrer do tempo, sofreu alterações: O que antes era uma forma espontânea e gratuita de acolhimento, hoje vem se tornando um meio de ganhar divisas, mas que vai além dos limites de hotéis, restaurantes, lojas ou estabelecimentos.  O termo hospitalidade se refere à qualidade de um individuo ou local ser hospitaleiro, ao ato de hospedar, considerando sempre o ponto de vista do hóspede. Todavia, é certo que a hospitalidade não consiste apenas em receber o outro. O ato de hospedar e ser hospitaleiro são muito mais complexos que simplesmente receber o visitante; consiste na união, ou melhor, na aproximação de culturas, costumes e pessoas diferentes. Trata-se de uma relação de troca de valores entre o visitado e visitante. ... Em suma, a hospitalidade, de uma forma geral, pode ser apresentada por diversas formas e por inúmeros fatores e com distintos conceitos e associações tais como: confortabilidade, receptividade, sociabilidade, alimentação, lazer entre outras, não tendo uma forma e conceito único e universal, levando em conta que esta varia de tempo em tempo e lugar e lugar.  Sendo assim, algo é certo: independente do tempo e do espaço analisado, o fenômeno da hospitalidade visa o bem-estar e a satisfação do visitante que será almejada através de um processo perceptivo individual."

  Concordo plenamente com as afirmações da estudante Sinara, quando viajamos trocamos culturas, conhecimentos, deixamos nossas impressões, somos influenciados pelas que experienciamos, modificamos valores, restauramos conceitos, nos tornamos pessoas múltiplas, completamos lacunas culturais e adquirimos qualidade no olhar para o outro, refinando nossa alteridade. Entra em jogo a habilidade do turista em perceber o entorno, tomar posse da maior parte de tudo que vê, misturar as informações, mesclar com as suas, classificá-las em espécies, eleger prioridades, elencar as melhores, finalmente opinar sobre tudo.
   Os elementos que estruturam a Hospitalidade não são apenas materiais, nem somente abstratos, mas se combinam formando um todo complexo no qual os cinco sentidos (visão, olfato, audição, tato e paladar)se responsabilizam pela percepção. O artigo da Sinara também discorre sobre isso de forma interessante.  Fica o link para consulta: http://www.chapadamt.com.br  OS CINCO SENTIDOS DA HOSPITALIDADE.

    Entre os cinco sentidos, não sei qual me desperta mais emoção, porém sei q a visão me impressiona, me faz viajar... só em ver uma foto do lugar chego a sentir o frio ou a brisa sugeridos.  Diz o artigo acima: "Os olhos obtêm informações mais detalhadas e precisas sobre o meio ambiente do que os ouvidos, mas geralmente somos mais sensibilizados pelo que ouvimos do que pelo que vemos. Para muitos, a música é experiência emocional mais forte do que as artes plásticas ou os cenários. Somos mais vulneráveis aos sons, porque não podemos fechar os ouvidos como podemos fazer com os olhos" enquanto "o odor tem o poder de evocar lembranças vívidas, carregadas emocionalmente de eventos e cenas passadas. Para uns, o poder de um odor em nos transportar ao passado pode estar relacionado ao fato de que o córtex com sua grande reserva de lembranças evoluem daquela parte do encéfalo, originalmente relacionada com o olfato".

    De todas as considerações acima, feitas acima a respeito da Hospitalidade, provei e aprovei todas durante essa viagem. A maioria delas foram registradas em fotos e na memória, impressões, percepções que foram tatuadas porque foram sentidas, fizeram o coração palpitar e me provaram q eu estava viva. Em São Luís, o movimento das marés, em Barreirinhas a pureza do Rio Preguiças, em Vassouras os Pequenos Lençóis, em Mandacaru a linda vista do Farol 360°, em Caburé a imensidão do mar, o poder do vento a ação das dunas, em Parnaíba o Delta do Rio, em Jeri o ocaso no mar, em Fortaleza os inúmeros artesãos com sua criatividade, em Canoa Quebrada a generosidade da natureza nas areias coloridas das falésias, em Natal na beleza do recorte do litoral, no sabor das frutas em geral, no despertar do sabor das comidas típicas, do som da música regional, da linguagem peculiar do cotidiano, nas expressões e feições nordestinas, no carinho do papo informal com os nativos enquanto caminhamos na praia, ouvindo as histórias contadas pelos guias, nas brincadeiras quando conversamos nos restaurantes ou ainda nas respostas e histórias com o sotaque característico dos ludovicenses, dos piauienses, dos cearenses e dos potiguares.
    Quanto a confortabilidade, é muito sábio  admitir q conforto merecido, só em casa... porém, alguns hotéis e pousadas nos fazem sentir melhores do q isso, enquanto em outros temos muuuuuiiiitas saudades de casa. Nesta viagem tivemos os extremos, ótimas instalações e uma delas, a mais curiosa, em Caburé, foi a mais hilária, nem por isso a menos confortável. Em S.Luís o Hotel Veleiros, classificado com 4 estrelas, oferece serviço 3 estrelas: acomodações práticas, ar condicionado, café da manhã satisfatório, sem tapioca...(isso foi ruim), o mesmo suco de caju diariamente. A localização é boa, com táxi a qualquer hora, mas não pudemos caminhar próximo, nos avisaram q os ciclistas passam e assaltam principalmente à tardinha e à noite. Em Barreirinhas, o quarto era apertado, mas eles colocaram 4 camas. Tinha ventilador e ar condicionado, o café da manhã era básico, mas suficiente. Encontramos formigas na mesa...coisas de hóspedes mal avisados q deixam cair açúcar. Em Caburé, foi o momento mais rústico de toda a viagem... Como não sabíamos onde ficaríamos, nossa exigência apenas era luz elétrica, mas não imaginamos encontrar cabanas em plenas dunas... luz elétrica por gerador q se desligava às 22h e após isso, só com velas (2 apenas)... Ninguém tinha levado lanterna (instrumento indispensável quando não sabemos onde vamos ficar), no meio da noite, após 3 anos sem chuva na região, finalmente ela chegou... precedida de uma tempestade de areia q em princípio nos pareceu garoa... então algumas, acordadas pelo barulho da ventania, cobriram os rostos, porém... aumentava sensivelmente. Então nos levantamos e acendemos as velas. Aí a chuva chegou... derramou-se fora e dentro da cabana... quase tivemos q abrir os guarda-chuvas.  Deslocamos as camas para longe das  bicas... impossível, tiramos os colchões e ficamos uma olhando para as outras, pensando onde vamos parar???? Encostamos os colchões nas paredes... tirei uma foto, mas não sei em qual máquina, estava muito engraçado, as camas fora do lugar, o chão molhado, os lençóis molhados... A ventania parou, a chuva caiu e logo em seguida o sono nos pegou pq as velas acabaram... Fomos nos acomodando nas partes secas dos colchões já sobre os estrados e desmaiamos. Acordei antes, abri a porta e vi a paisagem toda molhada... O silencio invadia a pousada. Os hóspedes da cabana vizinha, um casal de italianos, deve ter se apavorado... mas não ouvimos nada durante a noite, nós estávamos agitadas. Aos poucos os hóspedes saíram de suas cabanas... calmos, tranquilos... sei lá como se viraram. Nós estávamos aflitas pra ir embora. O transfer deveria chegar às 10h da manhã. Era só o q queríamos...
   Em Vila Parnaíba, o Hotel ... era 3 estrelas, ficamos no 4º andar, sem elevador. Subir as malas foi power, descer foi fácil... Café da manhã bem servido, com variedades. Em Jericoacoara, a Pousada do Tadeu, bem localizada, nos ofereceu espaço, ar condicionado e ventilador de teto, café da manhã bom, com ovos mexidos e tapioca, sucos, frutas. Troca de toalhas diariamente, facilidades como cozinha aberta, tanque, local para estender roupas, bem arejada, limpa e em frente à Barraca onde havia pastel suculento e bolos diversos. Fizemos passeio de bugre pelo Parque de Jericoacoara até a Lagoa Paraíso e Lagoa Azul, imperdíveis!!! Estavam incluídos no pacote da Rota das Emoções. Em Fortaleza, o Hotel Plaza Praia Suites, localizado na Praia de Iracema, 4 estrelas, é imponente, bonito, tem um belo salão de café da manhã, com variedades nativas, frutas, sucos, muito bom. Dali fomos a pé na Feira do Meirelles, q abria a partir das 17h. O movimento é grande de pessoas caminhando, turistas, crianças... A Feira do Meirelles possui umas 1000 barracas... não é possível ver tudo numa só noite. O preço estava acessível, para todos os artigos. Aproveitamos!!!!!!


POLÍTICA PÚBLICA X POLÍTICA PARTIDÁRIA:
    Tenho uma crítica a fazer quanto ao tópico: não entendi, não aceito, não compreendo, não posso compartilhar das políticas públicas adotadas nos estados do nordeste. Durante nossos transfers, ouvimos histórias contadas pelos moradores, são trabalhadores q também se sentem indignados com a política instituída pela equipe do governo, uma vez q esta não usa do princípio da isonomia no tratamento com os brasileiros. A "tia Dilma" como é chamada, favoreceu através de programas de "bolsas" de todos os nomes as famílias nordestinas (apenas)...sabe-se lá quais são os critérios, não estou discutindo isso, mas apenas gritando por uma situação que é geral: carência de recursos em todo o Brasil. O Nordeste sempre foi um campo usado para desvios de verbas federais e continua sendo, hj, além disso, é um dos melhores campos de votos (populoso) garantindo a permanência de gerações de políticos incapazes, portanto, é com pesar q voltei dessa viagem com a impressão de ter visitado um outro Brasil, apenas o do lazer, o da preguiça, o da pior situação que deixa o campo, a criação, para a natureza e se embala sob os parcos recursos de uma "bolsa-auxílio" para manter alimentação, a compra de uma moto, a construção de mais uma peça na casa. Segundo declarações, não se encontra mais pessoas dispostas a trabalhar na construção civil, na agricultura, no comercio, pra quê??? Se o governo os atende com R$ 2.800,00 (segundo declarações) por cada filho q nasce no nordeste? Quando bate a necessidade, faz-se um filho, recebe-se o vlr., supre-se a necessidade premente e o "bolsa família" o sustenta com mais R$ 70,00 mensais. Eu não acreditei quando ouvi, depois a informação foi se confirmando e por onde passamos, quase 1000 km entre rodovias e praias, não se viu nenhuma horta, plantação, terreno preparado para tal, apenas a natureza cumprindo seu papel: milhares de cajueiros, carnaúbas, macaxeiras perdidas no campo, envoltas em mato, alimentando animais...e talvez pessoas. Cheguei em casa e fiz uma pesquisa na internet para confirmar tanto descaso e não encontrei dados que me confirmassem, porém, acredito no que ouvi, várias vezes, sob o mesmo fato. Fiquei com a dúvida: será q esse auxílio é tão velado q não foi registrado jornalisticamente??? Ainda vou pesquisar mais, quero evidências, estatísticas q me confirmem a ação "criminosa" do governo atual, legitimada por todos nós sem ao menos termos conhecimento.
   Lendo o artigo escrito por MOREIRA, João Carlos / SENA, Eustáquio de. "Trilhas da Geografia - O passado e o presente", Vol 6   http://fundai.gov.br/docs/pe/pe0114.html tive alguns esclarecimentos:
 Nordeste, indústria da seca, lemos:

" ...A seca é um fenômeno ecológico que se manifesta na redução da produção agropecuária, provoca uma crise social e se transforma em um problema político.
As conseqüências mais evidentes das grandes secas são a fome, a desnutrição, a miséria e a migração para os centros urbanos (êxodo rural).
   Geralmente o problema da seca costuma ser exagerado, de tal maneira que a maioria das pessoas pensa que ela é a maior causa da pobreza no Nordeste. Na verdade, o problema principal do Nordeste é de ordem social e tem origem não na escassez ou falta de chuvas, mas na desigual distribuição da terra e da renda gerada na região. Ao transformar a seca na grande culpada pelos males nordestinos, está-se criando o chamando “mito da seca”.
    Simultaneamente, existe a tão falada mas nunca erradicada “indústria da seca”. Trata-se de um conjunto de expedientes ou procedimentos de poderosos grupos nordestinos que se valem do fenômeno e sobretudo do mito da seca para colherem benefícios governamentais em proveito próprio.
     A questão da seca não se resume à falta de água. A rigor, não falta água no Nordeste. Faltam soluções para resolver a sua má distribuição e as dificuldades de seu aproveitamento. É "necessário desmistificar a seca como elemento desestabilizador da economia e da vida social nordestina e como fonte de elevadas despesas para a União ...desmistificar a idéia de que a seca, sendo um fenômeno natural, é responsável pela fome e pela miséria que dominam na região, como se esses elementos estivessem presentes só aí".
    Alimentando de forma dramática o noticiário sobre a seca veiculado pelos meios de comunicação, esses grupos conseguem obter do governo verbas e auxílios a título de socorro às regiões atingidas pela falta de chuvas.
    Porém, a ajuda governamental beneficia muito mais os membros de tais grupos do que a população efetivamente castigada pela seca. Ao controlarem a distribuição do dinheiro recebido, fazendeiros e políticos de influência – vereadores, deputados etc. – manipulam a ajuda a ser concedida, dirigindo-a para pessoas e lugares de onde possam obter vantagens ou favores: afilhados ou parentes, redutos eleitorais, etc. Ao mesmo tempo, sob a argumento de que ficaram arruinados com a seca, empresários não só deixam de pagar suas dividas bancárias, como ainda conseguem novos empréstimos em condições especiais.
No que se refere às tentativas de solução do problema, o governo é influenciado a conseguir grandes obras, como barragens e enormes açudes, que consomem formidáveis verbas públicas. A maior parte dessas verbas vai para o pagamento das empresas construtoras, muitas vezes ligadas direta ou indiretamente a pessoas que fazem parte dos grupos dominantes regionais. Além disso, as obras grandiosas geralmente beneficiam apenas aos grandes fazendeiros e não aos que realmente sofrem com a seca – os pequenos produtores. Quando de pequeno porte, os açudes construídos pelo governo são feitos em terras de grandes fazendeiros, que integram os grupos favorecidos pela “indústria da seca”.
    Nessas condições, não é de estranhar que o problema das secas não se resolva. Sua efetiva solução deitaria por terra os interesses mesquinhos de grupos poderosos, que conseguem vantagens com a pobreza e o sofrimento de milhares de nordestinos.  
    A tragédia da seca encobre interesses escusos daqueles que têm influência política ou são economicamente poderosos, que procuram eternizar o problema e impedir que ações eficazes sejam adotadas. A idéia de resolver o problema da água no semi-árido foi, basicamente, a diretriz traçada pelo Governo Federal para o Nordeste e prevaleceu, pelo menos, até meados de 1945. Na época em que a Constituição brasileira de 1946 estabeleceu a reserva no orçamento do Governo de 3% da arrecadação fiscal para gastos na região nordestina, nascia nova postura distinta da solução hidráulica na política anti-seca, abandonando-se a ênfase em obras em função do aproveitamento mais racional dos recursos.
Como ações emergenciais, tem-se apelado para a distribuição de alimentos, por meio de cestas básicas e frentes de trabalho, criadas para dar serviço aos desempregados durante o período de duração das secas, dirigidas para a construção de estradas, açudes, pontes.
    Não é possível se eliminar um fenômeno natural. As secas vão continuar existindo. Mas é possível conviver com o problema. O Nordeste é viável. Seus maiores problemas são provenientes mais da ação ou omissão dos homens e da concepção da sociedade que foi implantada, do que propriamente das secas de que é vítima.
Soluções implicam a adoção de uma política oficial para a região, que respeite a realidade em que vive o nordestino, dando-lhes condições de acesso à terra e ao trabalho. Não pode ser esquecida a questão do gerenciamento das diretrizes adotadas, diante da diversidade de órgãos que lidam com o assunto. Medidas estruturadoras e concretas são necessárias para que os dramas das secas não continuem a ser vivenciados".

   Falta muita coisa para que os estados do nordeste venham a ser produtivos, como merecem e podem, desde as "desculpas da seca" até a boa vontade dos políticos em ação, tudo tende ao caos. O nordestino é uma vítima, mas nem por isso deve ter tratamento desigual dos demais brasileiros q aqui vivem, trabalham, assumem suas responsabilidades, produzem, geram impostos e por isso atuam no sistema econômico como população ativa enquanto os nordestinos vivem, descansam, se dão ao luxo de dormirem às 16h à sombra, porque o calor os sufoca... Nesse caso a política pública se confunde com política partidária (para obtenção de votos em novas eleições). Por favor, não se deixem usar!!!!!!




POBREZA X MISÉRIA:

   Segundo o Aurelio: pobreza e miséria são sinônimos: s.f. Estado de que ou de quem é pobre. /Miséria, peńuria, indigência.
   No artigo sobre a POBREZA NA REGIÃO NORDESTE, de Renata de Melo Caldas,  http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/eventos/forumbnb2012/docs/sim1_mesa2_pobreza_nordeste_brasileiro_uma_analise_multidimensional.pdf, há uma abordagem sobre a pobreza considerando as características e formas de escassez. "Frequentemente a pobreza é medida como escassez de renda, pois, por simplificação, a renda representa um meio para adquirir bens essenciais cuja ausência indica uma situação de carência. No entanto, a renda em si como medida de pobreza é bastante imprecisa tanto devido à dificuldade de informação de valores corretos, os quais são usualmente distorcidos (especialmente nas áreas rurais, onde a produção para auto consumo ainda existe), como pelo fato de que ter renda não garante acesso aos bens essenciais. Na pobreza deve-se destacar isoladamente dimensões como a privação de alimentos, de acesso a serviços de saúde e a uma rede pública de ensino de qualidade, de acesso a rede d’água, entre outras".
   O acesso à habitação, consumo, energia, recursos básicos de saneamento, água, são parcos. O estudo acima, comprova com dados estatísticos que "três dos nove estados que compõem a região são responsáveis por 85,5% das famílias que não possuem nem energia elétrica, nem água canalizada e nem esgoto sanitário em suas residências". É uma dura realidade, os açudes, são poucos, a água da chuva não vinha há 3 anos... Alguns deles nos falaram q nós levamos a chuva para lá e agradeciam (havia 3 anos sem chuva).
   Quanto ao consumo, a maioria dos casebres nas vilas, vilarejos por onde passamos, possuem uma antena de tv, colocada no seu terreno, porém não possuem ainda em suas casas piso ou infraestrutura para a básica qualidade de vida. Eles não exigem muito, usam roupas simples, chinelos de borracha, casas feitas de argila, cobertas com folhas de carnaúba ou babaçu, sem animais ou criação, sem plantações, terreno vazio, com crianças brincando. Os adultos ficam sempre dentro das casas pois o sol é muito quente. As pessoas nas ruas são raras, vimos alguns antes do almoço, depois, a cidade fica deserta. Nos vilarejos não vimos feiras, mercados ou vendinhas, lanchonetes, restaurantes, comércio. Eles devem comprar os alimentos de pessoas q vendem de porta em porta, sei lá... Escolas existem, mas são pequenas e distantes umas das outras. O que percebemos é que a pobreza cultural está estabelecida, quando chega um político prometendo eles se apegam, elegem pra q possam ser beneficiados.

Publicado no facebook, recebido em 15/03/2014, mas já é de conhecimento de todo maranhense.

O MARANHÃO FICA NO BRASIL?

Por favor, após leitura, envie para parentes e amigos para que façam o mesmo, para que muitos saibam, obrigado. 

- Para nascer, Maternidade Marly Sarney;
- Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;
- Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;
- Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;

- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney.

- Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante,

todas do mesmo proprietário;

- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor);

- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.

Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...

Seria cômico se não fosse tão triste....




  Por isso a família Sarney domina o Maranhão e agora o Acre, sem retribuir ao povo na mesma proporção. Eles dominam não só na política, mas todos os ramos por onde o dinheiro circula: postos de gasolina, comunicação (tv e jornais), grandes redes de supermercados, etc. etc... O que os políticos fizeram para o povo, foi bem feito, o q o povo não tem é porque não houve vontade política para realizar. O povo brasileiro é mesmo muito pacífico e acomodado... descobri q o nordestino é demasiado!!!
 Ainda sobre a pobreza podemos distinguir uma grande diferença com a miséria, quando conceituamos q a pobreza é não ter condições de realizar alguns objetivos na vida por falta de recursos, enquanto a miséria é quando a pessoa nem tem objetivos, vive da ajuda das pessoas, mendigando, dependendo exclusivamente do que sobra na casa dos demais. Nessa mesma linha de conceito então não vimos miséria ou pedintes por onde passamos, nem crianças sozinhas perambulando nas ruas. Elas estavam dentro dos terrenos, em suas cabanas, mas não ficavam soltas nas ruas. Em compensação, as capitais por onde passamos apresentam regiões onde a pobreza se esbalda. São Luís, com bairros na periferia, em palafitas, em Fortaleza a duas quadras de grandes aglomerados como a Praia do Meirelles ou Pria de Iracema. Próximo à Ponte dos Ingleses, no centro, a 3 quadras do Mercado Central tem uma favela embutida no meio das construções, por onde não se pode passar, há uma entrada estreita, por onde os moradores entram e saem, só se passa ali de taxi para visitar a Ponte. Mesmo assim tivemos q ser rápidas com as fotos. Ao avistarmos o mar à esquerda da Ponte observamos muitos surfistas, provenientes da favela... claro, eles não tem o q fazer, se aperfeiçoam na arte do surf, naquele mar verdinho e morno... À direita, avistamos os prédios desenhando a orla, rochedos e as espumas brancas que se dissipam na praia. Saímos dali com fotos lindas, mas q não revelam o ambiente hostil do entorno. Em Natal, não avistamos pobreza ou miséria. Ficamos na região da Praia de Ponta Negra, os moradores são pessoas simples, acolhedores, não encontramos pedintes ou maltrapilhos, mas vários turistas. Na região central da capital podemos encontrar pessoas pobres mas não abandonados, moradores de rua. Passamos rápido pelo centro com o ônibus do citytour e o guia explicando o trajeto. Não me senti insegura em nenhuma das 3 capitais, tampouco nas cidades menores, o q fez do roteiro uma boa opção de viagem, recomendo.


O FOLCLORE NORDESTINO:
     Rico em cores, motivos, temas, música, nomes. Encontrei na internet informações úteis q confirmam o que vivenciei. Infelizmente não fiz anotações, lembro-me de muitas histórias quando volto a ver as fotos.
     "O Nordeste brasileiro - região produtora de açúcar, por excelência - não sofreu a influência marcante de outras culturas (salvo a portuguesa e a africana) como os estados do Sul e Sudeste do País. Tampouco os holandeses deixaram marcas profundas na região. Os nordestinos criaram hábitos e costumes sui generis, fruto da miscigenação de três populações: a européia (os portugueses), a africana (os escravos) e a ameríndia (os nativos locais). Essas três raças geraram a população nordestina e todas as suas raízes culturais.
    É comum a associação de praias, jangadas, pescadores, coqueiros, cangaço, e/ou carros de boi ao Nordeste. O folclore regional, por sua vez, é muito rico e abrangente, incluindo, entre outros elementos, o artesanato, as superstições e crendices, linguagem popular, a literatura de cordel, os cultos, os folguedos populares, a  culinária, os brinquedos populares, as artes e técnicas, as festas tradicionais, as  adivinhações, os pregões e os remédios populares.
     Em se tratando de festas populares, no carnaval de Pernambuco podem ser apreciados os maracatus, caboclinhos, pastoris, à la ursas, clubes de frevo, entre outros elementos. O pastoril, um dos importantes folguedos nordestinos, é representado no período de 23 de dezembro a 6 de janeiro, e consta de bailados, danças, cantos, diálogos, recitativos (em louvor ao nascimento de Jesus), por parte de duas alas: as pastoras do cordão azul e as do cordão encarnado. Elas dançam e cantam:

Boa-noite, meus senhores todos,
Boa-noite, senhoras também;
Somos pastoras
Pastorinhas belas
Que alegremente
Vamos a Belém...


Tudo indica que o pastoril foi introduzido no século XVI por padres portugueses. Antigamente, ele era representado apenas junto das igrejas, com o objetivo de entreter aqueles que aguardavam a missa do galo. Hoje, pode-se apreciá-lo em praças públicas e palcos, onde as pastorinhas dançam, geralmente, ao som de um conjunto de pau-e-corda. Mas, em alguns Estados nordestinos, o acompanhamento inclui sanfonas e violões, além de um conjunto de sopro e percussão.

O maracatu é um outro folguedo nordestino, criado pelos negros que buscavam manter o rigor da nobreza, os símbolos do poder e os acessórios de uma realeza européia. Para tanto, associaram a força agregadora da unidade social e os preceitos religiosos. No Recife, a organização e o estabelecimento da prática do Reinado do Congo ocorreu em 1674, na Igreja de nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Lá, foram realizadas eleições entre os escravos, a fim de escolher quem seria o rei e a rainha.

O maracatu, portanto, representa uma oportunidade de reviver momentos das relações de poder entre senhores e escravos. Nele, o complexo religioso do Xangô também se faz presente. Os grupos levam estandartes exuberantes, bordados com fios dourados sobre veludo e cetim, a nobreza com as suas coroas, espadas, cetros, capas, as damas da corte levando calungas, todos ao som de um conjunto de instrumentos de percussão. Somente a partir da abolição da escravatura, o maracatu passou a fazer parte do ciclo carnavalesco, resumindo-se ao desfile da corte real negra e obedecendo ao estilo das procissões católicas.

Apesar de serem tratados como pertencentes à "segunda categoria", vale destacar a beleza dos maracatus rurais, uma outra apresentação folclórica do carnaval oriunda dos municípios da zona canavieira de Pernambuco. Seus principais personagens são os lanceiros (ou caboclos de lança), os tuxaus, as baianas, um tirador de loas e a orquestra.

Os Caboclinhos, Cabocolinhos, ou Caboclos, representam um folguedo de origem indígena que se apresenta, durante a festa carnavalesca, nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Ceará. São uma espécie de reisado com bailados mímicos. Tem sua origem em danças executadas por crianças e adolescentes tupinambás do sexo masculino. Foi através desses bailados e brincadeiras que os missionários, no século XVI, conseguiram ganhar a confiança dos índios e, em especial, dos mais jovens. O fato está registrado no livro "Tratado da terra e gente do Brasil", escrito em 1584 pelo padre Fernão Cardim.

Como caboclinhos (filhos de caboclos ou descendentes de índios) participam meninos de 10 a 15 anos de idade. Eles usam tangas, cocares, braceletes de penas de peru, brincos (feitos de conchas, dentes ou sementes), colares, machadinha, arco-e-flecha, cocares de penas e pintam o corpo com ocre. O grupo possui, no máximo, vinte integrantes. Em som ritmado, todos acionam seus arcos-e-flechas de madeira e dançam ao som de instrumentos indígenas: maracás, reco-recos e pífanos. Quem comanda o grupo é o "caboclo velho", um adulto que é considerado o rei ou o mestre.

Os caboclinhos do Rio Grande do Norte, em particular, são bem diferentes: não usam penas em seu vestuário, seu bailado possui maior vibração e alegria, não utilizam o arco-e-flecha como instrumento de guerra, mas para dar ritmo às danças, e não restringem suas apresentações ao período de carnaval.

O "bumba meu boi" é uma das representações folclóricas mais importantes do Nordeste. Esse espetáculo deve ter sido introduzido, também, no século XVI, no período do ciclo econômico do gado. Segundo os estudiosos, apesar de não possuir uma origem africana, o bumba é um espetáculo de negros, onde eles se apresentam conformados com a sua inferioridade social e transformam a sua dor em comicidade.

A estória é bem simples: um certo homem branco, dono de um boi, vê um homem negro roubar-lhe o animal, com o objetivo de retirar sua língua. Por qual razão? Porque a sua esposa, que está grávida, deseja comer língua de boi. O boi morre ao ter sua língua retirada. Acontece que esse era o boi predileto do patrão. Então, um pajé tenta ressuscitar o animal morto.

Um aspecto a ser observado no bumba diz respeito à ausência de personagens do sexo feminino e à inferioridade com que a mulher é tratada: todas as figurantes são interpretadas por travestis. A única exceção é a pastorinha, representada por uma menina ou adolescente (porém, jamais uma mulher). No Maranhão, o folguedo se apresenta muito rico.

Além de certas modificações em sua coreografia, o folguedo possui nomes distintos nos estados: Boi-Calemba, no Rio Grande do Norte; Boi Surubi, no Ceará; Rancho-de-Boi, na Bahia; Bumba-meu-Boi em Pernambuco e Alagoas; e  Cavalo Marinho, na Paraíba." 
TEXTO: Semira Adler Vainsencher - Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco,  pesquisaescolar@fundaj.gov.br





O JEGUE:
O Jegue.

   Precisava ter um parágrafo sobre a figura mais interessante q conhecemos no nordeste: o Jegue.
Lembrança trazida para minha norinha Lis.
Sempre estava em todos os lugares, parecendo conferir o q os visitantes fazem por lá. Não vimos nada mais típico, nem mais representativo do nordestino do que o Jegue. É um animal resistente, numeroso, vive sob o sol causticante tal como o nordestino. Em pesquisas encontrei o seguinte:


"Equus africanus asinus é uma subespécie  de mamíferos perissodáctilos cujo nome popular é asno ou burro, jumento, jegue, jerico ou ainda asno-doméstico. De tamanho médio, focinho e orelhas compridas, é utilizado desde a pré história como animal de carga. Os ancestrais selvagens dos asnos foram domesticados por volta de 5 000 a.C., praticamente ao mesmo tempo que os cavalos e desde então tem sido utilizados pelos homens como animais de carga e montaria. No Brasil, o termo "burro" não designa a espécie mas o cruzamento entre essa espécie e o cavalo quando resulta num animal de gênero macho, aquilo que designamos como macho. Em Portugal, tal como no Brasil, chamar burro a alguém é uma ofensa. Um indivíduo burro é um indivíduo pouco inteligente, estúpido, teimoso, ignorante, com pouco entendimento, sem conhecimento geral nem criatividade. No Brasil, é famosa a expressão ideia de jerico, sendo "jerico" um regionalismo para burro, também usado em Portugal."
   Ele se alimenta de qualquer coisa q seja comível... É um animal q não serve para ser domesticado pois empaca.. Quando cruzado com cavalo surge o  burro q pode ser usado no transporte pois aguenta mais q os cavalos e obedece mais q os jegues. O sr.. George nos disse: 'Se vcs quiserem mandamos quantos jegues quiserem lá pro sul, só pagar o frete, eles vão de graça!!!!!" Imaginem!!!!
  


 Em Jericoacoara fomos levados de carroça, puxada por um burro até o alto do morro para avistar a Pedra Furada. Realmente, o burro aguenta bem e é de fácil controle. Num momento uma sacola plástica passou por nós, trazida pelo vento e o burro parou, assustado, quase voltou morro abaixo... É o progresso alterando o comportamento dos animais.
   Dizem q há sandálias, bolsas, sapatos feitos com couro de jegue, mas é mito. Os jegues devem ter sido testados para tal, porém não servem, deixam um cheiro horrível após curtidos, então, o korino é usado como "couro de jegue", mais macio q o couro natural e muito mais barato. Acho q o Jegue não será nunca um animal para trazer lucro ao nordestino, apenas uma figura q vai povoar o sertão e o litoral como legítimo proprietário, testemunha do progresso, das ocupações, calado e persistente, provando q o nordestino nunca está só, tem nele sua perene companhia e apoio.

  
   Impossível voltar de São Luís, Jericoacoara, Parnaíba, Fortaleza e Natal sem uma peça do artesanato de azulejos com motivos portugueses, sacolas feitas de buriti, castanhas do Pará e de cajú, bolsas em couro, rendas, ímãs de geladeira, bordados, artigos bordados para cama, mesa, doce de cajú, chapéus, cangas com desenhos típicos, bikinis por preço incomparável, bijuterias de conchas, colares e brincos de opala (pedra do Piauí)..., figura do jegue, entre outros. Quanto aos pratos deliciosos de frutos do mar, frutas locais e denominações diferentes de especiarias q temos por aqui, tudo foi cultura. Aprendemos muito, vivemos por um tempo em outro Brasil, tentamos entender algumas coisas, mas o principal é q agora sabemos o quanto nosso país é diverso e porquê atrai tantos estrangeiros.
    Voltei mais rica culturalmente por ouvir tantas histórias, mais forte pois o tempero de lá me abriu apetite, mais humilde por entender o quanto temos a aprender...
Obrigada a todos que nos permitiram viver essa aventura!!!!
Obrigada companheiras, vcs me fizeram ficar mais sábia!!!!
Obrigada Senhor, mais uma vez pelas bênçãos derramadas em todo o trajeto.




































Um comentário:

VALMIR AZEVEDO disse...

Gostei do teu blog, amigona .
Professor Valmir.