OBRIGADA PELA VISITA!!!!!!

Sei que vc não sabia q eu tinha este blog, resolvi fazer isso para escrever um pouco sobre minhas impressões e experiências. Enquanto estou dando aulas conto muitas histórias... talvez seja para fazer o tempo não fluir tão rápido e assim abraçar o que de melhor aconteceu, reviver, lembrar e sentir novamente a emoção daquele momento.



A arte de contar histórias deve estar no sangue que recebi de minha mãe e de meu pai, ambos me ensinaram a contar histórias e aqui estou eu, escrevendo-as.



Já tenho dois filhos, já plantei várias árvores e agora cumpro com a terceira premissa para me sagrar humana: escrever um livro.



Vou ficar muito feliz se vc deixar uma frase q exprima o que temos em comum, o que nosso encontro o despertou ou ainda sua impressão sobre o que já leu aqui. Seu coração deve falar mais alto...vou aguardar ansiosa.











sexta-feira, 30 de outubro de 2015

RECIFE: CATIVANTE (Recorte dos relatos de LENIO FREGAPANI)- Out/2015


  Aproveito para utilizar recortes dos relatos do Lenio sobre a viagem a RECIFE, em 09/out/2015.
Porém, vou ilustrar pós texto com algumas fotos da viagem. Quero agradecer ao Lenio o entusiasmo com o qual acolhe meus roteiros e acredita em meus prognósticos de uma feliz viagem. Estes relatos foram fiéis ao que vivemos em Recife e portanto uso-os como homenagem a ele, em agradecimento pelo apoio e companhia que sempre dispensa, tornando cada aventura uma epopéia!!!!! Obrigada Lenio!!!!! Foi um belo presente.

 " FATOS SEM FOTOS"

                                                        RECIFE: CATIVANTE. (I)
                                                         MUDANÇA DE RUMO
                           No feriadão de 12 de outubro, eu a a grande companheira de viagens, Nilda Maria havíamos programado uma visita à cidade de Carambeí (de origem holandesa), próxima de Curitiba, onde comemoraríamos o seu aniversário (11/10).
                           Dois dias antes, a Nilda Maria telefonou-me: - "Vamos para Recife ?" Não titubiei: - "Vamos, sim.".
                           Incrivelmente, conheço 4 Estados da Região Norte (Amazonas, Pará, Acre e Rondônia) e nada do Nordeste.

                                                                   A VIAGEM
                        De Curitiba,  pela AZUL, até Guarulhos (52 minutos) e de São Paulo, até Recife, no Aeroporto Internacional dos Guararapes (Aeroporto Gilberto Freyre), em 2h45.
                
                                                                   HISTÓRIA
                         Recife, capital do Estado de Pernambuco, foi fundada pelos portugueses, em 1537. Os holandeses comandados por Maurício de Nassau, invadiram-na, em 1630, tornando-se sede do Governo Flamengo, no Brasil. A partir de então, foram realizadas várias obras de urbanização na cidade.
                         A expulsão dos holandeses, pelos portugueses (Será que o nosso Brasil, não seria mais desenvolvido ? Mais trabalhador ? Com menos vagabundos ? Menos "coitadinho"? Menos assistencialista ? Mais honesto ?), deu-se na Batalha dos Guararapes, em 1648 e 1649.
                         Recife é considerada como a "Veneza Brasileira". Por quê ? A cidade está espalhada no continente e em 3 ilhas: Santo Antônio, Recife e Boa Vista (a maior) que interligam-se por várias pontes sobre os Rios Capibaribe (Rio das Capivaras) e Beberibe (Rio das Araras).
                         No Censo 2010, a cidade tinha 1.537.704 habitantes e segundo previsão do IBGE, em 2015, 1.617.183.
                         
                                                                    SURPRESA
                         De táxi, partimos rumo ao hotel reservado. Para surpresa minha, para a Nilda Maria não, pois ela já conhecia Recife, o taxímetro marcou, somente, R$ 13,00.

                                                               1ªs IMPRESSÕES
                          Não são das melhores. Cidade suja, prédios pichados  e mal conservados (Parecendo encascurrados. Lembrei-me de Cusco - Peru -).
                      Era uma sexta-feira (09.10.15), às 13h e o trânsito fluía tranquilo, em largas avenidas.
                      A temperatura era quente, mas o brisa marítima amenizava muito.
                                                                
                                                                    O HOTEL
      Hospedamo-nos no Fator Palace Hotel, sito à Rua dos Navegantes, 157 (www.fatorhotel.com.br) que dista a uma quadra da praia e a duas da Igreja N. Sra. da Boa Viagem, onde à noite, tem uma feirinha, ao seu redor, imperdível.. Muito bem  localizado.
                    Recebemos a chave 1611, num amplo apartamento, inclusive, com sala, sofá-cama, pia, frigo bar.
                          Fomos na sacada do 16º andar e apesar de ter dois edifícios altos a nossa frente, consegue-se vislumbrar o mar. Que maravilha ! 
                          Lá, no alto, o vento é constante, amenizando as altas temperaturas. Nem chegamos a ligar o ar condicionado, à noite.

                                                                1ªs INCURSÕES
                          Almoçamos, num variado e gostoso buffet, no "Chica Pitanga Restaurante" (atrás do hotel) e já partimos, para cumprirmos uma das metas programadas: o passeio de Catamaran.
                         Perguntamos o endereço e num ônibus da "Borborema" (R$ 2,45), quase chegamos lá. Digo "quase" porque ninguém sabe nada, nem o povo, nem o cobrador, nem o motorista, apesar de serem solícitos nas informações. Passamos perto e ninguém nos avisou. Então o coletivo deu uma grande volta na cidade (até foi bom, pois foi um citytour extra), deixando-nos no "Terminal Cais Santa Rita". As "perguntações" continuaram. Uns diziam que tínhamos que atravessar uma ponte, outros indicavam o Norte e outros, o Sul. A Nilda Maria, com seu privilegiado tino turístico, "encaquifou" que não tínhamos que cruzar ponte alguma.
                         Andamos mais um pouco, quando perguntamos a um jovem casal que prontamente, nos indicou o local: Restaurante Catamaran, na Av. Sul. Realmente, fica "escondido" do público.


                                                        O CARREGADOR DE CHUVA
                          Saí de Porto Alegre, debaixo d'água: cheguei em Curitiba, choveu e em Recife, não deu outra: choveu. Esfriou, a visibilidade diminuiu e optamos para deixar o passeio para outro dia.
                    
                                                                       VISITAS
                          Não perdemos tempo e a pé, fomos visitar o "Forte das 5 Pontas", ali pertinho. (Entrada gratuita). Olhamos a planta do mesmo e só tinham 4 pontas. Ficamos curiosos.
                          Ao entrarmos, um Sr. que ali trabalha, altamente qualificado sobre a história da sua Terra, gentilmente, nos explicou tudo sobre o Forte e esclareceu a nossa dúvida.
                         Os holandeses dominaram a cidade por quase 20 anos e construíram esse Forte que realmente, tinha 5 pontas, mas após serem expulsos, os portugueses "cortaram" uma ponta. Mas o nome continuou o mesmo: Cinco Pontas.
                         O Forte está muito bem conservado, com inúmeras salas que guardam objetos e documentos da época e também modernidade, como projeção de filmes.
                        Em Recife, anoitece às 17h30 (pelo menos, em outubro). O horário de lá é o mesmo de Brasília.

                                                                       A NOITE
                        Nos dirigimos para o Shopping Recife (a cidade tem muitos), demos uma olhadinha e nos tocamos para a "Feirinha da Boa Viagem"  que ladeia a Igreja N.Sra.da Boa Viagem (1707). Está bem conservadinha e pintadinha de azul. 
                       Dezenas de barracas oferecendo de tudo: comida, roupas, lembranças, produtos artesanais, etc... Vou dizer uma coisa: - "E uma festa só." 
                       A chuva já tinha passado, pois foi só aquela "pancada", antes do passeio fluvial.
                               
                                                           FRASES "FILOSÓFICAS"
                      Quem acompanha meus escritos, sabe que sou vidrado em frases de camisetas, de copos, de placas, etc...
                      Eis, algumas: "Amo a sogra da minha esposa."; "Fez uma boquinha, lava a loucinha."; "Evite ressaca, mantenha-se bêbado."; "Mamãe mandou eu tomar juízo, mas só tinha cerveja."; "Bebo até cair, depois continuo bebendo deitado."; "Só não bebo acetona porque tira o esmalte dos dentes." Ha! Ha! Ha!

                                                               O DIA SEGUINTE
                       Ali, na feirinha, encontramos três "ofertantes" de passeios: a "Van Tur Viagens e Turismo" (Seu Eretiano que apelidamos de "Abençoado", pois trata todas as pessoas assim); a "Gonzaga Turismo e Receptivo" (Gonzaga e Willians) e um estande fixo, no interior da feirinha.
                       Nossa meta era o "Porto de Galinhas".
                       Como contatamos 1º, com o "Abençoado", acertamos com ele por R$ 40,00. Se tivéssemos caminhado mais uns 10 metros, pagaríamos R$ 30,00, com a Gonzaga. Mas tudo bem.
                      Como a van do "Abençoado" nos recolheria às 7h30, na porta do hotel e teríamos que levantar cedo, nos recolhemos logo.
                      Por que "Porto de Galinhas" ?
                      É o que saberemos na próxima Coluna.

OBSERVAÇÃO: QUEM CONHECE A CAPITAL PERNAMBUCANA, RECORDARÁ E QUEM NÃO CONHECE, TERÁ UMA PEQUENA NOÇÃO DAQUELA BELA CIDADE.


 RECIFE: CATIVANTE (II)

              
RUMO A "PORTO DE GALINHAS"
    Éramos o 1º hotel do roteiro e o "Abençoado" chegou antes da hora. Saboreamos, rapidamente, o farto café do Fator Hotel e descemos. Era sábado, dia 10.10.2015. A Van recolheu um casal da Bahia, duas jovens paulistas e quatro argentinas, de Mendoza.


O TRAJETO:
 Acessamos a BR-101 e rumamos para o Litoral Sul de Pernambuco. 
A 20 km, existe uma grande cidade: Jaboatão dos Guararapes (Censo de 2010= 644.620 habitantes, c/projeção do IBGE, para 2015, de 686.122). Mais adiante, Cabo de Santo Agostinho. Nesta  altura, deixamos a BR-101 e ingressamos na PE-60, passando por Ipojuca (2015=91.341 habitantes), município sede de Porto de Galinhas. Após 75 km, chegamos. Levamos quase 2 horas, pois pegamos algum engarrafamento na saída de Capital e algo que chamou-me a atenção: como tem pernambucano que dirige mal ! Trafegam pela pista interna, em baixa velocidade, trancando todo o trânsito. Muitos motoristas não aguentam andar atrás destes "molóides" e os ultrapassam, pela direita. Fato que sempre é perigoso.

PORTO DE GALINHAS:
  É Distrito de Ipojuca (2015=91.341 habitantes). Trata-se de uma pequena vila, bem agitada, com centrinho cheio de lojinhas, bares, restaurantes, etc...Os orelhões têm o formato de galinhas, em diversas cores, aliás, tudo gira em torno desse animal. Existe uma, no meio da rua, estilizada, como cangaceira que ninguém resiste a uma foto. 
Qual a origem deste nome ?
Num período da nossa história, foi proibido o tráfego de escravos. Então, para burlarem a Lei, os navios vinham com gaiolas de galinhas, no convés e os porões repletos de escravos. Quando as embarcações chegavam, ouviam-se os gritos: - " As galinhas chegaram", "As galinhas chegaram". Aí, esse local ficou com este nome.

 PONTO DE APOIO: 
Dificuldade imensa, para estacionar na rua, embora existam muitos estacionamentos a R$ 10,00 e mais próximo da praia, a R$ 20,00. Deveríamos ter chegado antes, mas mesmo assim, encontramos uma vaguinha, na rua.
Dali, fomos a pé para um local que eles denominam de "Ponto de Apoio" localizado à beira da praia. No nosso caso, foi o "Restaurante Bico-Verde". Os turistas têm à disposição, chuveiro, banheiros, restaurante e guarda-volumes que custa R$ 20,00, sendo R$ 10,00 de caução, no caso de extravio da chave.
Não aconselho almoçar ali, pois achei caro (R$ 92,00), embora cada prato sirva para duas pessoas. Existem muitas opções na vila e creio que sejam mais apetitosas e baratas.
Enquanto aguardávamos o prato que tínhamos encomendado, inclusive, com hora marcada, um jovem chegou com folhas de palmeiras e começou a trançá-las, formando uma flor e um grilo. A perfeição das obras, feitas com aquelas tiras, é digna de um grande artista. Dissemos que ele merecia muito mais, pois demos, apenas, R$ 5,00. Ele agradeceu muito e mais tarde, constatamos que todas as mesas ostentavam suas obras. Se cada um deu, somente, esse valor, ele levantou um nota graúda. Merecidíssima, por sinal.
No almoço, temos música ao vivo e o interessante é que estamos em Pernambuco, mas o cantor solitário, com seu violão, só entoa música da....... Bahia que não é o meu "forte".

A PRAIA:
 Ainda no restaurante, debruçados no parapeito, temos uma vista maravilhosa, multicolorida, com centenas de guarda-sóis abertos, adicionados às velas coloridas das jangadas, tendo quase que ao fundo, os arrecifes, com muitas jangadas e mais além, as águas verdes do Oceano Atlântico, tendo como pano de fundo o céu azul. Beleza  ímpar.                                                                                                                                                                                                                         

Descendo uma escadinha de madeira, estamos na areia da praia. Estava quase lotada e imediatamente, procuramos a grande atração da mesma: as jangadas. 
Paga-se R$ 20,00, por pessoa (gratuitamente, dá para chegar nos arrecifes, pois não é muito longe, mas tem que saber nadar. Achamos que não vale à pena, pois o charme é ir naquele tipo de embarcação, onde rolam muitas fotos.). Seis pessoas são conduzidas, em águas calmas, até aos arrecifes (são formações rochosas que acompanham paralelamente, o retilíneo traçado da praia.)
Lembramo-nos de Alter do Chão, linda praia de água doce, situada em Santarém (PA), onde para alcançá-la, embarca-se em "catraias" (canoas, para 4), conduzidas pelos "catraieiros.
Por que Porto de Galinhas é tão procurada se a Praia da Boa Viagem também tem a mesma formação rochosa ? Aí é que vem a diferença. A de Galinhas, conforme a maré, forma piscinas naturais, onde podemos tomar banho. Água transparente e fresquinha. Um luxo !
Os jangadeiros levam alimentos para os peixes, passando para os turistas e eles vêm comer, bem dizer, nas suas mãos, formando um ballet agitado e multicolorido, muito agradável de participar.
                                                                   Quando nós fomos, a maré já estava subindo e já atingia um pouco acima dos tornozelos, fato que dificulta a locomoção. O uso de chinelos ou tênis é obrigatório, pois os arrecifes são ásperos e com muitas "rachas" (buracos). Como a água é transparente, facilita a visualização das mesmas. Porém todo cuidado é pouco, pois ferem mesmo.
                                                                 Após um bom mergulho, onde em algumas partes não dá pé, eu e a Nilda Maria fomos ver a maior atração dessa Praia: uma piscina natural com o formato do mapa do Brasil. Uma corda impede entrar na mesma. Aquela água transparente, nas tonalidades verde e azul escura tornam o lugar, de uma beleza rara. Foi nesse local que dei um passo para trás, pisei num buraco, não caí, mas esfolei o pé esquerdo. Curado logo, com o contato com a água salgada. Ah ! A vista de lá, para a praia, também é lindíssima. Enchem os olhos, pela variedade de cores.
                                                                   A praia em si é interessante. Dependendo da maré, temos muito espaço ou não. A areia é grossa e caminhar a sua beira, com os  pés descalços, não é muito agradável, pois pedacinhos de pedras soltas dos arrecifes, adicionados à pequenas conchas, incomodam bastante. No começo da tarde, a maré avança sobre a praia, chegando até ao muro de contenção. Fim de banho, fim de passeios de jangada, bem dizer, para tudo. Alguns a elegem como uma das praias mais lindas do mundo, fato que não concordo. Realmente, ela é diferente, pois podemos dividi-la em 4 compartimentos: areia (c/maré baixa), águas calmas (ótimas para todas as idades), arrecifes (com suas piscinas naturais, boas para banhos) e mar aberto. Bem, aí o tubarão pega.Não vi ninguém ultrapassar os rochedos planos. Ninguém é doido em querer deixar um pedaço da perna ou de "outra coisa", para os tubarões pernambucanos. Eu fora. Ha! Ha! Ha!

"ANNIVERSAIRE", EM GRANDE ESTILO:
Nilda Maria e eu nos conhecemos, desde janeiro/2011 (Santiago, do Chile). Já comemoramos juntos seu aniversário (11/10) por três vezes: 2012, em Caldas Novas (GO); em 2014, Québec (Canadá) e 2015, em Recife.
                                            Queríamos um dia diferente e realmente, ela foi muito feliz, no planejamento.

A VÉSPERA

                                  Após o retorno de Porto de Galinhas, um bom banho e pimba, na feirinha.
                                                          Não nos acertamos com o "Abençoado", pois só oferecia passeio a Olinda, durante o dia inteiro e a Nilda Maria queria aproveitar melhor a sua data natalícia.
                                                           Fomos na Trans Stylus Viagens e Turismo, onde seus proprietários, o Gonzaga e o Willians (fone: (81) 99829 9788), ali na calçada da feirinha, pelo mesmo preço - R$ 50,00 - por pessoa, atendeu aos nossos anseios, isto é, efetuar um city tour em Recife e depois, ir a Olinda (um dos meus sonhos), a partir das 13 h., retornando à noitinha e nos deixando no ponto de partida do passeio no Catamarã, onde singraríamos as águas dos Rios Capibaribe e Beberibe, apreciando, por um outro ângulo e outro horário (noturno), a bela capital pernambucana. Ah ! De lambuja, pela manhã, aproveitaríamos a Praia da Boa Viagem. Tudo perfeito.
Na próxima Coluna, saberemos como tudo isso transcorreu.


  RECIFE: CATIVANTE (III)

DIA 11.10.2015

                                                     Grande dia, aniversário da Nilda Maria. Após os merecidos "Parabéns a Você", às 9h., fomos para a Praia da Boa Viagem.
                                               As praias mais lindas do Brasil, geralmente, são curvas, aproveitando enseadas. Pois a de Boa Viagem é diferente: é retilínea, com 14 kms., de extensão. Assim, como Porto de Galinhas, os arrecifes acompanham, paralelamente, toda a sua orla. Dali, ninguém ultrapassa. Placas de advertência estão espalhadas, ao largo da praia. O pessoal aproveita o banho, normalmente, com águas calmas, uma vez que as ondas do mar aberto quebram-se nos rochedos (arrecifes). Todavia quando a maré sobe, as ondas vão até aos barrancos de contenção.
                                                 Nas areias, vendem de tudo, mas com uma condição: não podem parar. Realmente, fazem jus ao nome de ambulantes. As exceções são os quiosques que vendem, principalmente, água de coco (R$ 3,00).
                                      A Av. Boa Viagem (duas pistas) que acompanha o seu traçado, é bem larga, com uma boa ciclovia, ladeando a calçada. Entre esta e o barranco, grandes árvores proporcionam boas sombras, além da bela visão marítima.
                                        Ao longo da avenida, assim como no bairro inteiro, a concentração de altos edifícios (com mais de 40 andares) é muito grande. Neste ponto é uma cidade vertical.
                                    Caminhamos 1 hora, pela beira da praia, rumo ao norte, intercalando, essa caminhada, com bons mergulhos.
Apesar do sol forte, o vento do mar abranda o calor. 
Voltamos ao hotel, meio-dia, após esse bate pernas de 3 horas.

CITY TOUR

O café da manhã foi tão farto que fome, nem pensar.
                                      O Gonzaga chegou às 13h30, numa caminhonete Kangoo e lá fomos nós, rumo ao centro histórico de Recife.
                                    Rodamos pela Av. Boa Viagem, rumo ao Norte, apreciando a praia, à direita e os grandes edifícios, à esquerda. Cenário lindo. Esta Praia emenda com a de "Pina" e em seguida, com a "Praia de Brasília Teimosa" que situa-se no Bairro do mesmo nome e vai até a Bacia do Pina.
                                         Porque "Brasília Teimosa"? Na década de 50, quando o JK construía Brasília (inaugurada em 21.04.1960), sem-tetos começaram a povoar este local. Eram retirados pelas autoridades. Lá, pelas tantas, voltavam e novamente, retirados. Parecia maré alta e maré baixa. No fim, mataram no cansaço os governantes e se estabeleceram, definitivamente, ali. Hoje, a Brasília Teimosa tomou os ares da cidade, tornando-se um bairro bem integrado, com gente muito trabalhadora.

ILHA DE SANTO ANTÔNIO

                                       A ligação do Bairro Boa Viagem com a Ilha Santo Antônio, dá-se através de duas pontes, não muito antigas, sobre a Bacia do Pina (Pontes "Gov. Agamenon Magalhães" e "Gov. Paulo Guerra"). Uma, o trânsito só vai e na outra, só vem. Na entrada da ilha, existe o "Cabanga Iate Clube".
                                          Agora, estamos na parte antiga da cidade, com construções baixas, sobressaindo-se as inúmeras igrejas. Aliás, ficamos impressionados com a quantidade de templos sagrados: "Santa Rita", Santo Antônio", "N. Sra. do Rosário dos Pretos", "Divino Espírito Santo", "do Livramento", "Conceição dos Militares", "Maria do Santíssimo Sacramento", "Pátio do Terço", "Pátio do Carmo", "Basílica de N. Sra. da Penha", "Basílica N. Sra. do Carmo". Parecia que estávamos em Ouro Preto - MG -.
                                   Esta ilha comporta ainda: Praça da República, Palácio Campo das Princesas (1841), Teatro Santa Isabel (1850), Palácio da Justiça (1930), Capela Dourada (1696)/Museu Franciscano de Arte Sacra (séc.XVII), Mercado São José, Complexo Cultural Pátio de São Pedro, Casa de Cultura de Pernambuco (1855) (ex-Casa de Detenção, até 1973), Palácio Eneas Freire/Séde do Galo da Madrugada, o maior bloco carnavalesco, do mundo), Forte das 5 Pontas (visitado por nós, anteriormente), Museu da Cidade de Recife. Ah ! Nesta Ilha está o "escondido" porto de embarque para o passeio do Catamaran.
Todas as construções, deste local, são antigas, merecedoras de visitas. Como não dispúnhamos de tempo suficiente, apenas as apreciamos, externamente. Mas foi muito compensador.

RUMO AO MARCO ZERO

                                     Três pontes antigas ligam a Ilha de Santo Antônio com a de Recife: "12 de Setembro" (ex-ponte giratória), "Maurício de Nassau" e "Buarque de Macedo".
                                    A "Maurício de Nassau" traz a seguinte história folclórica: o construtor sentiu que faltaria dinheiro para concluí-la, então espalhou que faria um boi voar. Sabem como é, o povo é muito curioso e na data marcada, a cidade em peso, estava lá. De fato, tinha um boi de verdade que foi atiçado e obrigado a correr. Foi até a um ponto, sumindo aos olhos do público. Então, uma réplica (um boi empalhado), com os mesmos paramentos, através de cabos de aço, alçou voo e cruzou o rio. O povo delirou e a ponte foi concluída, em razão da grande arrecadação obtida.
                                   Nesta Ilha está localizado o "Marco Zero", um belo painel da "Rosa dos Ventos", de Cícero Dias, fixado no piso do centro de uma praça nua, tornando-se alvo de muitas visitas e fotos. Esta praça é rodeada por belas construções: Instituto Cultural Santander, Caixa Cultural Recife e Centro de Artesanato de Pernambuco. Prédios antigos que dão um belo visual ao local. Ao lado, desse conjunto de construções antigas, tem um edifício moderno, envidraçado que dá um contraste muito bonito, entre o novo e o antigo.

POLÊMICA DA GROSSA

                                 Do outro lado do rio, no molhe do porto, existe o Parque de Esculturas Francisco Brennand, onde estão expostas, ao ar livre, várias obras deste grande artista. Sendo que a mais importante e maior, deu um "bode total", entre os recifenses, obrigando ao autor, modificar o projeto inicial. Por que tanta polêmica ? Acontece que ele esculpiu um enorme obelisco e quem observasse do "Marco Zero" ou mesmo de outro local, tinha a nítida impressão de que estava vendo um pênis gigante, em ereção. P'rá quê ! Zorra total. Parecia uma heresia, com tantas igrejas e aquela "coisa profana" encarando-as. O artista fez várias aplicações, ao redor do mesmo, desde a sua base até a sua ponta. Confesso que nunca tinha visto "esse negócio" tão..... enfeitado. Ha!Ha!Ha!

AINDA NA ILHA DO RECIFE

                                       Ela apresenta: Casa de Banhos, Sinagoga Kahal Zur Israel/Centro Cultural Judaico de Pernambuco, Museu a Céu Aberto, Praça do Arsenal, Torre Malakoff (1855), Teatro Apolo, Centro Cultural Correios, Rua da Moeda, Igreja Madre de Deus (1679), Paço d'Alfândega, Forte de Brum - 1629/Museu Militar. Essas construções são verdadeiras relíquias.
Nesta ilha está a Prefeitura Municipal de Recife, prédio moderno com 8 andares.

MUSEU DO FREVO"

                      Está ali pertinho. Visita irrecusável. Paga-se R$ 10,00 que é muito pouco, pelo que nos apresenta.
No hall de entrada, chapéus de cangaceiros e sombrinhas, para a dançar o frevo, com distintivos dos clubes brasileiros estão à disposição, para fotos. Como eu estava com o "botton" do Inter, deram-me esses objetos colorados. Com essa cara de nordestino que tenho, fiquei uma gracinha. Curuzis !
                                 Ao entrarmos na salão de exposições, nos deparamos com inúmeras esculturas de bonecos estilizados. Colocaram em nossas cabeças coroas douradas e bateram fotos diante do Rei Congá e da Rainha Congá. Mi zi fio !
Em seguida, eu a Nilda Maria, como autênticos cangaceiros, fomos fotografados, entre a "Maria Bonita" e o "Lampião". Atrás, na parede, fotos enormes e autênticas mostram as cabeças de ambos, pois após as suas mortes, foram decapitados e expostos em várias cidades, assim como, de outros cangaceiros. 
Muitos objetos daquela época estão em exposição.
                                                              Ir a Pernambuco e não apreciar o frevo é a mesma coisa que ir a Roma e não ver o Papa.
Então, para a festa ficar completa, eles apresentam uma demonstração daquela gostosa música. Uma bela jovem apresenta com rara desenvoltura, arrancando aplauso dos visitantes. Um show.
                                                              Saímos dali, satisfeitíssimos e fomos para a Rua do Bom Jesus - séc. XVIII, com sua feira típica (aos domingos) e era domingo. Enquanto fui visitar a "Embaixada de Pernambuco" - Bonecos Gigantes de Olinda -, a Nilda Maria que já conhecia, "lavou-se", na feirinha que tem de tudo que se possa imaginar.

BONECOS GIGANTES DE OLINDA

                                                            Simplesmente, sensacional. São obras concebidas, somente, da cintura para cima. São grandes e a gama de personagens é muito vasta. A perfeição dos personagens representados é rigorosa, retratando com extrema fidelidade os traços das pessoas esculpidas. Tem a perfeição de um Museu de Cera, embora não seja confeccionada com esse material. São verdadeiros artistas.
                                                               As duas últimas obras são do "Suárez", aquele jogador uruguaio que mordeu um adversário, na última Copa do Mundo. Ele não está com camiseta de futebol, mas com está com os trajes do..... Conde Drácula, inclusive, com duas enormes presas ensanguentadas.
                                                      A outra novidade é o "temido", para muitos ladrões da nossa Pátria, o Juiz Sérgio Moro.
As figuras (bonecos) vão se sucedendo: A Dilma, estrategicamente, está ao lado do Joaquim Barboza; jogadores, como Falcão, Sócrates, Ronaldinho Gaúcho, Messi; cantores, como Roberto Carlos, Rita Lee, Luiz Gonzaga, Michael Jackson, Elvis Presley; artistas de TV, como Hebe Camargo, Sérgio Malandro; figuras históricas, como Gandhi; personagens, como Freddy Kruger e muito mais.
Vale muito mais que os R$ 10,00 pagos.

                                                         O aniversário da Nilda Maria continua sendo muito bem comemorado, mas ainda estamos na metade da jornada.

RECIFE: CATIVANTE (IV)


RUMO A OLINDA: 
Hoje, dia 11.10.2015, aniversário da Nilda Maria, vamos comemorar visitando. Saímos do "Marco Zero", rumando para Olinda que dista 6 km e está emendada à Capital. Muitas ladeiras, com suas ruas estreitas, porém o que chama a atenção é o grande número de igrejas (tem 22, mais 5 capelas).

OLINDA
                                       Quero salientar que Olinda não é nenhuma "vilinha", pois é a 3ª cidade mais populosa de Pernambuco, com 400.000 habitantes.
                                     Fomos direto ao Centro (Alto da Sé), onde tem a Sé de Olinda (Igreja do Senhor Salvador do Mundo) (1584); uma feirinha a sua frente, onde comemos tapioca - R$ 10,00 - e outra grande atração, o prédio da caixa d'água (1934) que através de um elevador panorâmico que atinge 28 m., temos uma visão de 360º, para contemplação da cidade. (R$ 6,00). Bela visão.
                                    De volta ao veículo, passamos pela frente do Museu de Arte Sacra de Pernambuco - Séc. XVII -; Convento N. Sra. da Conceição - Séc. XVI e de muitos outros templos católicos. Descemos no Mosteiro de São Bento de Olinda, construído no Séc. XVI e reconstruído, no Seculo XVIII, em razão de incêndio durante a Invasão Holandesa, no Séc. XVIII. Abrigou por 24 anos a 1ª Escola de Direito do país. Sofreu mais 2 incêndios e incrivelmente, ainda tem um altar que sobreviveu as estes três sinistros). Um guia enriqueceu-nos de história e no final, apresentou-nos o monje D. Bento que fica na janela dando bênçãos, mas não pode sair para a rua. Ele vive ali há 40 anos, na clausura.                                
                                      Voltamos a circular, passando por casarios antigos, mas bem conservadinhos, chegando na Rua São Bento, onde Alceu Valença tem duas casas. Em seguida,  passamos pelas ruas que no carnaval tornam-se passarelas dos Bonecos de Olinda.
Ainda passamos defronte à Igreja do Carmo (a mais antiga igreja da Ordem das Carmelitas, no Brasil) - 1580 -.
                                           Olinda, mais um sonho realizado, pena que foi muito, rapidamente, mas vimos o essencial.
                                         Visitando Recife, comete-se um "crime", não dando uma passada nesta histórica cidade: Oh! Linda !
O RETORNO
                                         Na volta, a novidade foi a passagem pela "Ilha do Leite", onde os hospitais, ali ficam concentrados.
                                                Toda essa aventura que começou às 13h30, finalizou
, às 16h50. (Tudo isso, somente, em 3h20. Acho que fizemos chover).
                                            Foi maravilhoso esse passeio e o Gonzaga, sempre solícito, esteve à altura de tudo. Muito obrigado.

O PASSEIO DE CATAMARAN
                                            O Gonzaga nos deixou no Rest. Catamaran, ponto de partida. (R$ 45,00). Esta embarcação comporta 120 pessoas e lotou.
                                          Zarpamos, em águas calmas, às 17h40 e já era noite. Temperatura amena. O tour inicia num rio pernambucano da gema, pois o mesmo, nasce e deságua dentro deste Estado, o Capibaribe que banha 40 cidades e tem 245 kms., de extensão.
Como Recife é linda à noite !
                                         Passamos por todos aqueles monumentos e edificações que víramos de dia, porém agora, com outra roupagem, isto é, iluminados.
                                          Alguns que não tinham chamado a atenção, agora, estavam imponentes, encantadores, como as Torres Gêmeas que "cresceram na parada".
                                         Contornamos a Ilha Santo Antônio, cruzando as 3 pontes que a ligam à Ilha de Recife.
                                      Um competente guia ia dando informações, por onde passávamos. A instrução era que fizéssemos 4 pedidos, ao cruzá-las e ao mesmo tempo, gritarmos. Imaginem 120 pessoas berrando. O ambiente ficou bem descontraído.
                                       A 1ª, foi a "Ponte 12 de Setembro" (a giratória); a 2ª, a "Maurício de Nassau" (a do boi voador) e a 3ª, a "Buarque de Macedo" (tem 293 metros de extensão). Continuamos o passeio, entre as Ilhas e derivamos para a esquerda, chegando às Pontes (Santa Isabel) (a única com nome de mulher); à "Duarte Coelho" (é a ponte do Galo da Madrugada) e à "Boa Vista" (é de ferro e veio desmontada da Inglaterra), sem ultrapassá-la.
Essas três últimas ligam as Ilhas de Santo Antônio com a Boa Vista (a maior). Nesta, costeamos lugares não visitados por nós, como o casario denominado de "Amsterdan", onde parece que estamos num daqueles canais da capital holandesa. Bem pintadinhas, com cores vivas. Belezinha ! Vimos também o Cine Theatro São Luiz", o cinema de rua mais antigo do Nordeste, em atividade.
Voltamos pelo mesmo trajeto, sempre tangenciando o lado direito dos rios. Claro, fomos até ao encontro dos Rios Capibaribe (Rio das Antas) e do Beberibe (Rio das Araras). Atracamos na Ilha do Retiro, perto do Marco Zero, onde 2 armazéns (galpões) do porto, foram revitalizados. Muita gente, num ambiente muito festivo. Eu já queria descer, pensando que estava mais perto do nosso hotel. A Nilda Maria, muito mais arguta que eu, em viagens, não concordou. Mais uma vez, o seu incrível tino turístico, estava com a razão. Muitos desembarcaram e nós voltamos até ao ponto inicial.
                                               Já era "alta noite", 18h50 e esse inesquecível e "obrigatório" passeio durou 1h10.
                                               Simplesmente, espetacular. Recife nos cativou, tanto de dia, como de noite. Vá a Recife, é muito linda e recheada de história, a nossa história, a história do Brasil.

SHOPPING RIOMAR
                                                De táxi (R$ 16,00), fomos para o mais moderno shopping da cidade, onde jantamos no "The Fifties", com direito a tin tin, não só pela grande data do aniversário da grande companheira de viagens, como pelo sucesso dos passeios, nesta data.
Ao sairmos do Shopping RioMar, uma agradável surpresa. Um estande de Informações Turísticas, atuando a pleno vapor. Comandado pelo simpático Sr. Carlos Eduardo Amaral (audicoes@gmail.com) que é jornalista e ao saber das nossas procedências, Curitiba e Porto Alegre, cumulou-nos de gentilezas, informações e materiais de turismo do seu Estado.
Tenho viajado bastante, mas confesso que nunca tinha visto, num domingo à noite, esse setor público, funcionando.
                                                 Amigos pernambucanos, vocês estão anos-luzes à frente da maioria dos Estados Brasileiros, em matéria de divulgação das atrações turísticas que são das mais ricas, do mundo.
                                                 Parabéns à Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo), à Secretaria de Turismo e também ao competente Carlos Eduardo.
Eu e Nilda Maria estaremos presentes no 27º Festival de Turismo, de Gramado - de 05 a 08/Nov e faremos uma visita ao seu tradicional estande, para reiterar os laços de amizade. Até lá.

RESCALDO DO GRANDE DIA
                                           Foi uma jornada completa e creio que a aniversariante ficou satisfeita. Ela já conhecia Recife, mesmo assim, fomos a lugares desconhecidos por ela e mesmo, naqueles que já estivera, sentiu a mesma emoção de uma estreante. É uma turista nata.
                                           Ainda estávamos no shopping e como sentimos que é uma cidade segura, sempre com muitas crianças, com seus pais passeando nas ruas, em vez de gastarmos com táxi, fomos de ônibus.
                                         Dia perfeito, inesquecível para nós dois, onde cumprimos dois grandes roteiros e não estávamos cansados, mas...... extasiados.
Viva a aniversariante!!!!

Um relato assim só pode ser presente!!!!!! Obrigada!!!!!!


domingo, 9 de agosto de 2015

BARILOCHE ou BRASILOCHE... (jul 2015)

Ver, brincar, conhecer, se extasiar com a NEVE??????? Recomendo BARILOCHE ou BRASILOCHE, como queiram, argentinos ou brasileiros... A Cidade de San Carlo de Bariloche, situada no Estado de Rio Negro, Argentina, oferece lazer e estrutura para turistas, em tempos de neve (junho a setembro) e nos demais meses do ano. Em época de temporada de inverno, as passagens aéreas são mais caras, mais concorridas, assim como os alojamentos. Sempre programo meus passeios com uns meses de antecedência, este foi planejado em março para ser realizado em julho de 2015. Fica a 2h30m de voo de Buenos Aires, onde também podemos fazer passeios incríveis. Limita-se com o Chile e com uma região de lagos, de onde podemos avançar em outros roteiros tão extasiantes. Esta foi minha terceira viagem a Bariloche, mas parecia a primeira, ou seja, sempre ela vai te surpreender. Fizemos uma pesquisa e os Hotéis da região estavam todos superlotados, era período de alta temporada, então acionamos o www.airbnb.com , um site que oferece quartos ou apartamentos para locação. Falamos com a Ana, através de um imóvel simpático q visualizamos nesse site. Ela nos atendeu no local, mostrou-nos tudo e nos deu boas dicas dos arredores. Ficamos muito bem instalados, fazíamos nossas refeições no apartamento, depois de descobrirmos deliciosas medias-lunas numa padaria próxima. O apartamento da Ana fica a 5 quadras do Centro Cívico e do comércio mais fervente, pelas Calle Mitre, Calle Moreno e arredores. Ali encontramos casas de câmbio, artesanatos, aluguel de roupas, restaurantes, confeitarias, chocolates, etc, com bons preços. Ficaríamos lá por 6 noites, sete dias. De lá voltaríamos por Buenos Aires e então passaríamos algumas horas, dormiríamos e no dia seguinte seguiríamos a Curitiba. Os planos foram minuciosamente preparados. Chegamos em Bariloche com atraso, às 23h, nosso voo em B.Aires foi transferido para 1h mais tarde. A Ana nos esperou, nos deu todas as informações e desmaiamos. Naquele dia, tinha havido uma nevasca, as paisagens mostravam a exuberância dos flocos de neve já derretendo. O clima estava gélido, com pouco vento. Na manhã seguinte vimos pela janela q os jardins ainda estavam branquinhos. Saímos para nosso café da manhã. Encontramos uma padaria, compramos as medias-lunas e entramos numa tienda onde encontramos café quentinho. Dali seguimos para o Centro Cívico, precisávamos alugar roupas, fazer câmbio e nos localizarmos. Após o almoço fizemos o Circuito Chico, passeando pelo Cerro Campanário, subindo pelo teleférico de cadeirinhas até a altura de 1050m, por 90 pesos. A vista é linda, tem um café onde podemos descansar. Estávamos com o city tour então tivemos pouco tempo. O vento estava muito forte e gelado... o Guilherme e o Lenio entenderam porque eu e a Marianne colocamos mais agasalhos. Na volta à cidade descemos para visitar o Cerro Otto. Uma maravilha, o teleférico fechado, para 4 pessoas, sobre bem devagar. Lá em cima uma confeitaria serve almoço e lanches, rodando em volta da paisagem. O passeio foi ótimo!!! No dia seguinte o vento continuava, passamos na loja de aluguel de roupas e depois fomos pegar o ônibus 55 até o Cerro Catedral... mas ele nos deu um bolo. Há duas paradas no centro, alternadas, então esperamos numa sem entender e depois fomos para outra, enquanto isso o ônibus passou e não vimos. Bem, resolvemos passear pela cidade, irmos na Catedral, no Museu e jantamos num ótimo restaurante: Alto d... devolvemos as roupas de neve, para pegarmos novamente em dois dias. As previsões eram de nevasca a partir das 4h da manhã. Eu dormi pesado, mas a Marianne ficou preocupada com o barulho no telhado e nas vidraças, levantou e..... estava nevando!!!!! Parecíamos quatro crianças felizes... batemos fotos, mesmo com a paisagem escura. Então voltamos dormir. Quando amanheceu... que coisa linda!!!!!! Não parou de nevar um instante, até às 16h. Tudo muito branquinho, como os cartões postais q vemos aqui no Natal!!!! Jingle Bell!!!!! Porém... não imaginávamos o quanto lá fora estava frio!!! A tv mostrava sensação de 10°negativos. Saímos para pegar as roupas de neve para seguir ao Cerro Catedral no dia seguinte. Encontramos outra loja com preço bom e material melhor. Em média macacão, bota, luvas por 100 pesos. Visitamos a confeitaria mais tradicional da cidade: RAPA NUI, enquanto provamos um mousse de chocolate, nevava direto... Há outras, como a Chocolate TURISTA, sabores diferentes, de boa qualidade também. A visita ao Cerro Catedral, no dia seguinte à nevasca foi a melhor pedida. O céu estava limpo, azulzíssimo!!!!! O casal resolveu esquiar, alugou equipamento, fizeram 2h de aula e lá se foram... montanha acima. Eu e o Lenio ficamos assistindo a aula e os tombos eram imperdíveis... Eles se sentiram capazes, almoçamos lentilhas no Shopping e nos separamos. Eu e o Lenio resolvemos subir a montanha de Cable Carril, um bondinho fechado q vai até a parte mais alta da montanha. Uma adrenalina também!!! De lá víamos os esquiadores como formiguinhas... Tomamos um chocolate com conhaque, tiramos fotos e em seguida descemos. Iríamos nos encontrar com o casal às 17h. Lá de cima, mãe q é mãe reconhece a cria, avistei a Marianne e o Guilherme, descendo com o ski nas costas...Bem, só depois soubemos q eles tiveram dificuldade em fazer as curvas e resolveram se sentar nas shapes e fazer de skibunda...rsrsrsrsrsrsrs. Fora isso, foi difícil se controlar sobre os skis, além dos engates se soltarem a cada passo, por isso carregaram por um bom trecho aquilo pesado. O q fica é a experiência, diferente e interessante. A volta pra casa não foi menos interessante. Saímos de lá às 17h30, começou a nevar, a fila do ônibus estava longa, umas 200 pessoas à nossa frente. O ônibus 55 chegou e carregou mas não conseguiu levar todos. Fomos os últimos a entrar e fechou a porta. Deixou uma galera lá esperando o próximo. Bem, com muita gente o ônibus não conseguia circular. Ele afundava na neve e ao forçar a neve virava gelo, derrapando os pneus. Conclusão... emperramos duas vezes, descemos para auxiliar na saída até o asfalto. Enfim, seguimos por 1h de viagem, superlotados. Chegamos em Bariloche e devolvemos as roupas. UFA, que dia lindo e cansativo!!!!! Não consigo descrever a paisagem q o cerro Catedral nos mostrava, se aquilo tudo fosse chantilly, eu estaria no paraíso...  Enfim, fiz algumas fotos, era tudo muito maravilhoso!!!!! Nunca tinha visto tanta neve assim. Soubemos depois q há uns 8 anos não nevava como naquele dia. Foi um belo presente ver a nevasca e o dia após. No dia seguinte, teríamos apenas a parte da manhã, pois nosso voo seria às 15h, para Buenos Aires, mas não foi assim q aconteceu. A LAN nos aprontou uma surpresa terrível: nosso voo foi cancelado e só seguiríamos a Buenos Aires às 21h... permanecemos no aeroporto chateados. Chegamos em Buenos Aires às 24h... cansados, tristes, sem poder jantar e assistir ao show de tango, programados. Na manhã seguinte deu tempo de tomar o café da manhã, pegar as malas e seguir ao aeroporto para dar uma voltinha no Free Shop. Foi uma viagem linda, diferente, animada, mas com um fim desastroso. Bariloche deixou lindas imagens, inesquecíveis!!!!!

domingo, 3 de maio de 2015

LITORAL DO PARANÁ: PARANAGUÁ E GUARAQUEÇABA - Abr/2015.

Visitando o litoral do meu Paraná:No tempo que estudei Geografia e História do Paraná (2º ano ginásio, 1966) não tinha consciência do tamanho, da importância do nosso litoral na história e na vida dos paranaenses; assim como, acredito que hoje em dia, os alunos do Fundamental II, que cursam a 7ª série. Os professores de hoje tem mais recursos para criarem interesse nos alunos pela nossa história e despertarem curiosidade sobre o povoamento do nosso estado, porém os jovens precisam conhecer o local, ver de perto as maravilhas, a Baía, os golfinhos, os pássaros... que delícia uma aula de História e Geografia lá pertinho do mar, vendo as cadeias da Serra do Mar, revivendo a luta dos primeiros habitantes e dos grupos indígenas q ali viviam.... Tem muitas informações que só agora parecem chegar à minha memória. Deve ser pelo fato de conseguir ver in loco a história e geografia, tudo fica muito mais interessante!!!!Já estive muitas vezes em Paranaguá, a primeira vez na companhia de minha mãe e dos meus avós maternos: José de Freitas Saldanha e Palmira Doim Saldanha, ele cartorário aposentado pelo Ministério da Justiça, nascido em Guarapuava-Pr, onde se casou e ali nasceram seus 6 filhos (José Saldanha Junior -Juca, Aparício Freitas Saldanha - Apa, Ildefonso Magos Saldanha - Fonso, Maria Rosa Saldanha, minha mãe, apelido Rosita, Getulio Dorneles Saldanha e Cleuze Maria Saldanha).A viagem ida e volta foi de trem, até Paranaguá, onde visitamos o Porto, o Museu Histórico e a Igreja N. Sra. do Rocio, almoçamos no Mercado Municipal o qual até hj conserva as mesmas características. Em outras ocasião estive lá em visita ao Museu com minha escola; há um ano atrás com a amiga Margareth, fizemos um passeio de barco até o Porto e a Igreja do Rocio e ainda fomos à Ilha dos Valadares, visitamos a Igreja Matriz, depois pegamos um ônibus até Guaratuba para voltarmos a Curitiba. A última vez, com o companheiro de aventuras Lenio, nos dia 18 a 20/abril/2015. O maior porto graneleiro da América Latina começou sua história no antigo atracadouro de Paranaguá, em 1872, com a administração de particulares. Batizado de Dom Pedro II, em homenagem ao Imperador do Brasil, em 1917, o Governo do Paraná passou a administrar o Porto de Paranaguá que recebeu melhorias que possibilitaram sua ascensão a maior Porto sul-brasileiro. Hoje é o segundo maior porto exportador (o primeiro é Santos-SP).Sua inauguração aconteceu em 17 de março de 1935, com a atracação do Navio “Almirante Saldanha”.Em 11 de julho de 1947 foi criada a Autarquia Estadual que levou o nome de Administração do Porto de Paranaguá; (A.P.P). Em 10 de novembro de 1971, a administração dos dois portos paranaenses foi unificada pela lei 6.249, criando a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). Atualmente, o Porto de Paranaguá é um dos mais importantes centros de comércio marítimo do mundo, unindo localização estratégia a uma das melhores Infra-estruturas portuárias da América Latina. Entre as principais cargas movimentadas em Paranaguá estão: Soja, farelo, milho, sal, açúcar, fertilizantes, contêineres, congelados, derivados de petróleo, álcool e veículos.No contexto histórico do Estado do Paraná, o Porto de Paranaguá foi a porta de entrada para os primeiros povoadores do Paraná, e desde a segunda metade do século XVI, o Porto sempre foi o principal exportador da região que mais produz produtos agrícolas do Brasil. Navio Almirante SaldanhaPrimeiro Navio AtracadoA cidade de PARANAGUÁ possui próximo de 150 mil habitantes. O nome da cidade origina-se da língua tupi-guarani: significa Grande Mar Redondo/ Enseada do Mar, como os índios denominavam Pernaguá, Parnaguá, Paranaguá.Nos anos de 1550, através de Ararapira e Superagüi, penetrando e navegando a vasta e bela baía de Paranaguá, as canoas vicentinas aportaram na ilha da Cotinga, próxima do continente. Admirados de ver em derredor muitas habitações de índios carijó, e receosos talvez de que lhe fizessem alguma traição, foram em direitura da ilha da Cotinga, para o lado do furado que a divide da ilha Rasa, onde principiaram as suas habitações. A cidade foi fundada na primeira metade do século XVII, tem como sua principal atividade econômica, a de porto escoador da produção do Paraná, interligando o estado às demais regiões do país e do exterior. A construção de suas docas data de 1934, testemunha de mais de 400 anos de história. Guarda, ainda vestígios da época da colonização portuguesa em seus casarios de fachada azulejada em suas ladeiras de pedra e em suas igrejas. O município foi criado através da Lei 5, de 29 de julho de 1648 e instalado na mesma data, tendo sido desmembrado do estado de São Paulo. Antes que se organizasse o núcleo, que deu origem à sociedade parnanguara, há milênios, neste mesmo litoral, habitou o Homem do Sambaqui, tratando-se de uma raça extinta,sem que pouco ou quase nada se saiba sobre ele. Mais tarde, foi a vez do povo Carijó, do grupo Tupi-Guarani, que a exemplo da anterior, é raça também extinta: desta feita, pelas mãos do desbravador português, que os capturou para trabalho escravo. Com o tempo, os que sobraram miscigenaram-se com brancos e negros africanos, resultando em outro elemento étnico, o caiçara. Os pontos turísticos da cidade são: - Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPr, antigo Colégio Jesuíta, edificação do Séc. XVIII, restaurado entre 2005 e 2009. - Santuário da Padroeira do Paraná, a Igreja Nossa Senhora do Rocio está situado no bairro do mesmo nome, às margens da baía de Paranaguá. Construído em 1813, foi reformado e adaptado aos novos tempos e recebe durante todo o ano milhares de fieis que dão continuidade à devoção de quase três séculos. Localiza-se na Praça Luiz Xavier, tradicional logradouro que possuía um chafariz vindo da Inglaterra, composto de ferro e ornamentado com caras de leão. Há inúmeros registros de socorro da Virgem do Rocio prestados aos marinheiros em violentas tempestades, tragédias no mar, os quais se tornaram seus devotos e a homenagearam com procissões e comoventes romarias pelas ruas da cidade, rumo ao santuário. Além desses, registram-se muitos outros milagres ocorridos em diversas cidade do Paraná sob a intercessão da Virgem do Rocio, cujas festa se realiza no dia 15 de novembro. É nesse dia que a Fé atinge o seu ponto mais alto, razão pela qual, Nossa Senhora do Rocio foi consagrada Padroeira do Paraná, pelo Papa Paulo VI, em 1977 indicando a igreja do Rocio como seu Santuário. - Aquário de Paranaguá: O Aquário de Paranaguá expõe aos seus visitantes aproximadamente 200 espécies, divididas em 23 tanques de água doce e salgada. Os visitantes poderão ver de perto pinguins, raias, tubarões, recifes de coral, manguezal e outras ;representações aquáticas. Além disso, existem dois tanques, nos quais serão possíveis ter experiências sensoriais com animais invertebrados e raias. - Igreja Catedral Diocesana: Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, localizada no Setor Histórico. - Ilhas da Região: São ao todo 30 Ilhas que compõem a Baía de Paranaguá. Dentre elas a mais famosa é a Ilha do Mel. Situa-se na baía de Paranaguá na região central da costa paranaense, encontra-se vinculada ao município de Paranaguá. Possui um perímetro de aproximadamente 35 km e área em torno de 2760 hectares. Suas construções históricas como a Fortaleza da Barra, o Farol das Conchas, remontam ao século XVIII.Tombada pelo Patrimônio Artístico e Histórico do Paraná em 1975, visando a proteção e a preservação da flora e fauna e dos aspectos naturais, históricos, arquitetônicos e arqueológicos. Patrimônio Ecológico não apenas da população paranaense, mas de toda a humanidade, a Ilha do Mel tem 95% de sua área composta por ecossistemas de restinga e Floresta Atlântica, o que a elevou à categoria de Estação Ecológica em 1982. Em março de 2002 foi criado o Parque Estadual da Ilha do Mel com uma área de 337,84 hectares. Outro importante atrativo é a Gruta das Encantadas, envolta de lendas e mistérios. O acesso se dá pela BR 277 até Paranaguá ou Pontal do Paraná, de onde partem os barcos. - Ilha Valadares: A Ilha passou à posteridade com esse nome por ter pertencido aos irmãos Valadares. Seus primeiros donatários eram comerciantes que se acreditava, terem sido traficantes de escravos, Por isso, por alguns anos, a ilha foi um posto de quarentena de escravos trazidos da África ao nosso litoral, ou que aqui chegados vinham da Bahia ou do Rio de Janeiro. Hoje, a ilha está ligada ao centro urbano por uma ponte conhecida como ‘’Passarela’’, concluída em 1990, e que dá acesso preferencial a pedestres.Situa-se a uma distância de 400 m do centro de Paranaguá numa área de 2,8 km quadrados, à margem direita do rio Itiberê. É habitada por praieiros e pescadores que se dedicam à pesca artesanal e cultuam tradições como a de ser o palco do fandango paranaense, única dança típica litorânea. É abastecida por energia elétrica, água tratada e rede telefônica. Ilha da Cotinga;Local onde os primeiros colonizadores vindos de São Paulo, com a intenção de chegar a Paranaguá, se estabeleceram com receio dos índios carijós que dominavam a região. Situada na baía de Paranaguá, é hoje fonte de mistério, onde acham-se inscrições em ruínas e vestígios do início da civilização paranaense. Faz parte da história desta Ilha, antiga sede da primitiva povoação de Paranaguá, o naufrágio do navio pirata francês Boloret, ocorrido em 09 de março de 1718, sendo que muitos afirmam que piratas lá esconderam um tesouro. Os nativos são índios carijós, que até hoje habitam no cenário onde seus ancestrais nasceram. Em 1677, foi construída uma capela destinada ao culto de Nossa Senhora das Mercês, demolida em 1699, para se erigir a Igreja de São Benedito no continente. Em 1955 foi pedida a reconstrução da antiga ermida, e em 17 de março do mesmo ano realizou-se uma procissão marítima de retorno da antiga imagem de Nossa Senhora das Mercês esculpida em pedra e vinda de Portugal. No ano de 1993 a Ermida foi finalmente reconstruída, sendo sua inauguração no dia 25 de abril, porém atualmente só restam ruínas da igreja. O acesso ao templo é feito através de rústica escada de pedra, formada por aproximadamente 365 degraus, proporcionando uma bela visão da cidade e do mar.Ilha das Peças, Ilha Superagui e Ilha Rasa pertencem ao Mun. de Guaraqueçaba, são ilhas maiores, porém possuem poucos recursos sanitários básicos. Os moradores são pescadores simples. Há muitas outras ilhas pequenas.O passeio de barco por entre as diversas Ilhas pode ser feito de barco desde Paranaguá ou Guaraqueçaba. Até a primeira metade do século XVI, os únicos habitantes da região eram os grupos indígenas, que se distribuíam pelos estuários e baías do litoral paranaense, principalmente às margens da baía de Paranaguá. Inicialmente, a região era habitada por tupiniquins, tendo, mais ao sul do litoral paranaense e norte catarinense, a frequente presença de índios carijós, hábeis em descer do planalto à planície litorânea pelo caminho Peabiru e seus ramais. Esse antigo caminho indígena ligava o Império Inca localizado nas cordilheiras dos Andes ao litoral paulista, com ramificações para o litoral paranaense e catarinense. Por meio dessas ramificações, as nações indígenas nômades iam do litoral para o planalto e vice-versa. Registros históricos estimam que havia de 6 a 8 mil Carijós no litoral paranaense desenvolvendo atividades de lavoura e pesca. No litoral, as atividades cotidianas incluíam a caça, a pesca, coleta de ostras, mexilhões, bacucus, caranguejos, etc. Prova da presença desses povos antigos, são os vestígios deixados, chamados de sambaquis (Depósito natural de cascas de ostras e outras conchas) encontrados ora na costa, ora em lagoas ou rios. Em Guaraqueçaba, ainda se encontram vários sambaquis em bom estado de conservação.Com o achamento do Brasil, pelos portugueses, em 22 de Abril de 1500, e a fundação da colônia de São Vicente, em 1532, no litoral paulista, partiram as primeiras expedições de exploração ao complexo estuarino de Cananéia, Iguape e Paranaguá. A história refere-se à presença, em 1545, de colonos lusos estabelecidos em Superagui e, entre 1550 a 1560, na Ilha da Cotinga. No dia 18 de Novembro de 1547, ao tentar esconder-se de uma tempestade, o navegador alemão, Hans Staden, se abriga no canal do Superagui, onde encontrou ali índios tupiniquins e dois portugueses náufragos. Esse navegador descreveu o que viu: índios usando peles de animais ferozes para se proteger do frio. Seu relato de viagem, do ano de 1556, apresenta a primeira carta da baía de Paranaguá. Posteriormente, na intenção de capturar índios para escravizá-los, portugueses, vindos do litoral paulista, chegaram à BAÍA DE GUARAQUEÇABA e ali descobriram ouro nos rios Ribeira, Açungui e Serra Negra; fixaram-se na região, iniciando assim, as atividades de mineração no Brasil. Em tupi-guarani, Guaraqueçaba significa "Lugar do Guará", uma ave de cor bem avermelhada, que era abundante na região, mas hoje quase em extinção. A colonização da região começou como a chegada dos portugueses ao Paraná por volta de 1545. Por volta de 1638, Gabriel de Lara, fundador da capitania de Paranaguá, descobriu uma rica lavra de ouro nas encostas da Serra Negra. Com a descoberta, vieram os mineiros e os aventureiros para explorar os rios cavalgando o ouro de lavagem em diversos locais. Logo a seguir, com a chegada dos jesuítas, que fundaram em Superagui um estabelecimento agrícola e religioso, construiu-se o primeiro aglomerado humano da região. Foi só no Século XIX, quando Cipriano Custódio de Araújo e José Fernandes Correia construiram uma capela no morro do Quitumbê, que foram surgindo em torno dela as primeiras edificações, formando em pouco tempo o povoado.Este povoado foi elevado em 1854 à freguesia e, em 1880 à município, sendo anexado a Paranaguá como simples distrito. Em 1947 sua autonomia foi restaurada e o município novamente instalado. A cidade de Guaraqueçaba está situada, numa região de rara beleza, no litoral paranaense, ladeada pelas baías de Paranaguá e Laranjeiras e pela elevação da Serra do Mar. Seus habitantes primitivos são os índios tupiniquins e carijós. A preservação de seu ambiente e, as características físicas da região, tornaram a cidade privilegiada pela manutenção de suas reservas florestais e ecossistemas, quase intactos, criando atrativos turísticos apreciados pelos adeptos do turismo ecológico.http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/o-que-fazemos/reservas-naturais/pages/reserva-natural-salto-morato.aspx. Área: 2253 hectares. Aves catalogadas: 324. Registros em um só dia: 164 espécies. Distancia de Curitiba 170 km. Plantas: 580 espécies.Mamíferos: 80 espécies (felinos, roedores, macacos). Répteis: 29; espécies: Anfíbios: 40 espécies. Peixes: 40 espécies (duas descobertas na Reserva). A visitação foi a partir da cidade de Guaraqueçaba que ainda não possui infra estrutura turística mas através de seus habitantes ofereceram-nos transfer particular para a visitação. São 1h de carro até a entrada da Reserva, por estrada sem asfalto. Em época de chuva fica intransitável. A Reserva tem estrutura para receber pesquisadores que estudam sua natureza é mantida pela Fundação Boticário de Proteção à Natureza, sendo uma RPPN (Reserva Particular de Proteção à Natureza), integrando o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Criada em caráter perpétuo, tem como objetivo conservar ecossistemas e sua biodiversidade. Protege 2.340 hectares de floresta atlântica situada em uma região reconhecida pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade, por fazer parte do maior remanescente contínuo de Mata Atlântica no Brasil. Atrativos:Centro de Visitantes com uma sala para exibição de vídeos educativos sobre a Reserva;painéis;onde mostram os patrocinadores, fotos dos pássaros mais exóticos da Reserva, uma maquete da localização da Reserva em meio ao município de Guaraqueçaba, representando apenas 0,5% deste.Trilha do Salto Morato: 1.500 m entre o Centro de Visitantes e o Salto, contém uma trilha natural, iniciada por uma ponte pênsil com mais ou menos 50 m de extensão por 0,50 m de largura, com piso em tábuas estreitas espaçadas, dando condições de avistar o leito do Rio Morato q passa abaixo dela. Encontramos em todo o trecho vegetação exuberante, bromélias, orquídeas, ma... com folhas enormes, ambiente úmido com árvores altíssimas que fecham o visual a 30 m de altura. Encontramos o Aquário natural a 500 m do Centro de Visitantes, uma piscina natural com peixes e água turquesa, gelada, onde pode-se tomar banho, sem uso de protetor. O Salto Morato é o destino final dessa majestosa trilha que cai de uma altura de 150 m com um volume d`água razoável parecendo um véu de noiva, levantando uma bruma que atinge os visitantes mesmo a alguns metros de distância.É proibido se banhar na piscina do Salto, mas as águas cristalinas convidam a molhar os pés e pode até ser bebida. Encontramos ainda torneiras com água potável, banheiros, lanchonetes, área de camping.Trilha da Figueira: está distante do Centro de Visitantes a 2.400 m, possui uma árvore centenária que deslocou uma de suas raízes para a outra margem do Rio, como se fosse um Portal; a trilha é simples, não possui qualquer benefício. Ficamos extasiados pela beleza natural do lugar. Considerando q pertence a uma empresa que pesquisa e produz cosméticos acreditamos q as essências usadas na confecção de seus produtos tenham origem nessa rica região. Não visitamos a Trilha da Figueira por ser mais longa, mas recomendamos para quem possa usar o tempo todo de visita. A cidade oferece alguns restaurantes próximos ao trapiche de desembarque, com grande variedade de pratos de frutos do mar, música nativa (fandango), artesanatos, Pousadas de boa qualidade. Recomendamos a Pousada do Biguá onde ficamos (diária R$ 200 para casal) ou Pousada Bambuza (diária R$ 230 para casal), há ainda Hotel Eduardo I (diária R$ 180 para casal), todos com café da manhã. Há que se observar os horários de chegadas e partidas dos barcos de e para Paranaguá, há diferentes horários, diariamente ou apenas nos finais de semana.A cidade de Guaraqueçaba não oferece praia para banho de mar, porém de barco, em 20 min, é possível chegar a Superagui, onde a praia é recomendada. Não estivemos em Superagui por estarmos com pouco tempo. Vimos em fotos que a praia é limpa e tranquila.Voltamos para Curitiba via rodoviária, pela Viação Graciosa, em 5h30 de viagem, passando por Antonina, Morretes e Curitiba. Foi um passeio diferente, interessante e cultural. Vale a pena visitar. APRENDI MUITO!!!!